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Com vacina aprovada pela Anvisa, São Paulo inicia imunização contra a covid

A enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, mostra seu cartão de vacinação após ser a primeira brasileira a receber a vacina CoronaVac no Hospital das Clínicas, em São Paulo, neste domingo (17) — Foto: Carla Carniel/AP

São Paulo começou a vacinar a população contra a COVID-19 neste domingo (17/01). A imunização teve início após a aprovação do uso emergencial da vacina do Instituto Butantan pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A primeira brasileira vacinada contra o coronavírus é Mônica Calazans, 54, enfermeira da UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas.

Neste primeiro dia de campanha, profissionais de saúde de hospitais de referência no combate à pandemia e integrantes de populações indígenas começaram a ser vacinados em uma sala dedicada do Complexo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

“Hoje é um dia muito especial para milhões de brasileiros que estão sofrendo com a COVID-19 em hospitais, centros de atendimento e em suas casas. E também aos que estão em quarentena, se protegendo e ajudando a proteger suas famílias. Hoje é o Dia V, o dia da vacina, da vitória, da verdade e da vida. Quero dedicar este dia aos familiares dos 209 mil mortos pela COVID-19”, afirmou o governador João Doria.

Doria estendeu os agradecimentos aos profissionais de saúde que participaram do estudo clínico da vacina do Butantan no Brasil. “São heróis cujo trabalho é salvar vidas, proteger as pessoas, dar esperança e garantir, se possível, a vida e a existência. A coragem destes quase 13 mil voluntários vai ajudar a salvar milhões de brasileiros a partir de agora.”

Em suas redes sociais, as tucanas celebraram o início da vacinação. A senadora Mara Gabrilli expressou sua felicidade ao darmos este passo. “Domingo de esperança, com a aprovação unânime pela Anvisa das vacinas Coronavac e de Oxford. Chegou a hora de salvarmos vidas”.

“Este é um dia histórico para nosso país. Resultado do esforço dos nossos cientistas do Butantam e do empenho do governador João Doria. Imunizar a população é a maior prioridade do país”, comemorou a deputada federal Shéridan (RR). “Que a cena de hoje se espalhe por todo o Brasil e alcance todos os brasileiros. Viva a ciência!”.

deputada federal Rose Modesto (MS) ressaltou que este é o primeiro passo para garantir o fim da pandemia. “Para este mês estão previstas 8 milhões de doses. Novas perspectivas surgem! Aos poucos, com fé e paciência nossas vidas voltarão ao ritmo normal!”.

“Finalmente temos aprovação da ANVISA para o uso emergencial das vacinas CORONAVAC e de Oxford contra a COVID-19 no Brasil”, afirmou a deputada federal Bia Cavassa (MS). “A imunidade com a vacinação leva algum tempo para se estabelecer. Portanto, mesmo vacinado(a), use máscara, mantenha o distanciamento social e higienize suas mãos”.

“Momento histórico para o Brasil! A Anvisa aprovou o uso emergencial das vacinas contra a Covid-19. Após tantos percalços, uma vitória para a saúde dos brasileiros”, relatou a deputada federal Tereza Nelma (AL). “Chega de tratar a pandemia com descaso e desinformação, é hora de agirmos! #VacinaJá”.

A partir desta segunda (18), entra em operação o plano logístico de distribuição de doses, seringas e agulhas, com envio das grades para imunização de trabalhadores de saúde de seis hospitais de referência do estado: HCs da Capital e de Ribeirão Preto (USP), HC da Campinas (Unicamp), HC de Botucatu (Unesp), HC de Marília (Famema) e Hospital de Base de São José do Rio Preto (Funfarme).

As unidades foram selecionadas para a fase inicial porque são hospitais-escola regionais, com maior fluxo de pacientes em suas áreas de atuação. Todos devem iniciar nesta semana a vacinação de suas equipes, que totalizam 60 mil trabalhadores.

Primeira indígena a ser vacina no Brasil, com CoronaVac, na tarde deste domingo (17) — Foto: Rodrigo Rodrigues/G1

Na sequência, grades de vacinas e insumos também serão enviadas a polos regionais para redistribuição às Prefeituras, com recomendação de prioridade a profissionais de saúde que atuam no combate à pandemia. Os municípios também deverão imunizar a população indígena com apoio de equipes da atenção primária do SUS, segundo as estratégias adequadas ao cenário local.

“Começamos a vacinar a população e isto é um grande passo na tarefa de salvar vidas, que é a prioridade máxima do Governo de São Paulo”, afirmou o Secretário da Saúde Jean Gorinchteyn. “Recomendamos que municípios priorizem a aplicação das primeiras doses em profissionais da saúde que atuam em serviços dedicados ao combate à COVID-19 e são fundamentais para o atendimento à população.”

Primeira dose da CoronaVac é aplicada em SP — Foto: Rodrigo Rodrigues/G1

Cada hospital será responsável pelo preenchimento dos sistemas de informação oficiais definidos pela Secretaria da Saúde para monitoramento da campanha.

A divisão das grades considerou o quantitativo proporcional de vacinas esperado para São Paulo conforme o PNI (Programa Nacional de Imunizações), do Ministério da Saúde. O total de 1,5 milhão de doses é a referência para trabalhadores de saúde baseado na última campanha de vacinação contra a gripe.

A campanha de imunização contra a COVID-19 em São Paulo será desenvolvida segundo a disponibilidade das remessas do órgão federal. À medida que o Ministério da Saúde viabilizar mais doses, as novas etapas do cronograma e públicos-alvo da campanha de vacinação contra a COVID-19 serão divulgadas pelo Governo de São Paulo.

(*) Do Governo de São Paulo