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Prefeita Cinthia Ribeiro explica novas restrições e diz que não descarta lockdown em Palmas

Em entrevista à TV Anhanguera, no último sábado (16), a prefeita de Palmas Cinthia Ribeiro comentou os últimos decretos com restrições adotadas na capital e disse que não descarta a necessidade de lockdown nas próximas semanas.

“Caso as pessoas não colaborem, caso a responsabilidade social não seja utilizada como uma máxima, a nossa tendência, assim como outras cidades e outras capitais, pode ser sim caminhar para um lockdown.”

Segundo o último boletim estadual, Palmas tem 249 casos de Covid-19 e três mortes por causa da doença. Na sexta-feira (15), a prefeita decretou lei seca em todo território de Palmas, além do fechamento de pontos turísticos e espaços públicos como praças, parques, praias e cachoeiras.

Cinthia Ribeiro afirma que o abuso da bebida pode causar acidentes de trânsito, brigas e desavenças, além de aumentar os casos de violência doméstica e criminalidade. Tudo isso, segundo ela, pode levar as pessoas a buscarem atendimento nas unidades de saúde, além de provocar aglomerações.

“Na realidade o que nós queremos tentar evitar são essas festas, essas aglomerações que estão acontecendo em parques, nas quadras internas com muitos moradores. Às vezes com os pais levando seus filhos para participar, festas particulares acontecendo com pessoas vindas de vários lugares da cidade. Se você não circula, o vírus não circula”, afirmou.

Ao mesmo tempo em houve a proibição da venda e consumo de bebidas, a prefeitura decidiu reabrir mais duas feiras livres, uma na região sul e outra no norte de Palmas. Cinthia Ribeiro disse que as medidas não são contraditórias.

“Quanto às feiras tivemos a recomendação do COE [Centro de Operações de Emergência em Saúde], dos nossos centros de saúde e as recomendações sanitárias para que as pessoas evitem uma maior circulação e saiam de outros bairros para o espaço da 304 Sul. Levando as feiras do Aureny I e da 307 Norte as pessoas circularão menos por toda a cidade e terão acesso aos produtos que às vezes têm que recorrer aos supermercados”, disse.

Lotação dos ônibus

Também durante a entrevista, a prefeita comentou um decreto municipal que permitiu que os ônibus circulem com 100% da capacidade de passageiros sentados. Segundo ela, a decisão foi tomada porque o uso de máscaras passou a ser obrigatório, mas os usuários não estão respeitando o distanciamento e acabam lotando os ônibus porque não querem esperar.

“Quando um ônibus para e lembrando que a cada três, cinco minutos passa um carro na mesma via. Porque 20, 30 pessoas se aglomerarem todas na porta para entrar de uma única vez? Mesmo com a delimitação dos espaços as pessoas ainda não fazem a sua parte nesse sentido, até com a presença dos fiscais.”

A prefeita também criticou uma decisão da Justiça publicada durante a semana determinando que os ônibus circulem com apenas 50% da capacidade durante a pandemia.

“Uma decisão político-partidária. Eu falo que nós temos que desfazer os palanques nesse momento e entender a necessidade da construção de políticas públicas efetivas. A do transporte público é uma delas, lembrando que o transporte não é do município. Existe uma concessão, existe uma empresa que faz esse serviço e que o município regula e fiscaliza.”

Fonte: G1 Tocantins