A deputada Tereza Nelma (AL) está atenta à situação dos moradores do bairro do Pinheiro, em Maceió, que vivem momentos de insegurança e incerteza. Prédios e ruas da região foram afetados por grandes rachaduras e o solo do local, em alguns pontos, apresenta afundamentos que colocam em risco a estrutura de edificações. Órgãos municipais, estaduais e federais fazem estudos na região, mas ainda não se sabe a origem do problema.
Na tribuna da Câmara, Tereza Nelma anunciou que vai propor a instalação de uma comissão externa da Casa para acompanhar a atuação dos diversos órgãos no bairro. A deputada afirma que a população precisa de respostas. Centenas de pessoas já tiveram que deixar suas residências por causa dos problemas.
A Agência Nacional de Mineração, o Serviço Geológico do Brasil e a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) estudam o local. “Todos lá estão tentando dar um diagnóstico. Isso é muito complicado. As famílias estão aflitas. Mais de 200 famílias já saíram do bairro, e não há uma solução. Essas agências que se encontram em Alagoas pediram um prazo até junho. Mas nós temos famílias desamparadas”, apontou a deputada.
As rachaduras surgiram em ruas e imóveis do Pinheiro após fortes chuvas e um tremor de terra em fevereiro de 2018 e ainda representam uma ameaça a cerca de 19 mil pessoas que moram no bairro. A Defesa Civil identificou três principais fissuras, cada uma com cerca de 1,5 km de extensão, afetando 2.480 moradias.
“Continuo comprometida. O problema não começou em fevereiro de 2018; o problema já existia. Desde 2015, já encontrávamos crateras e prédios rachados naquele bairro. Só agora que veio à tona. Existe uma desconfiança da exploração da mineração do sal-gema e nós temos que estar atentos”, alertou.
No final de janeiro, o presidente Bolsonaro disse acreditar que os problemas estejam de fato relacionados à exploração mineral. Para Tereza Nelma, é importante que os órgãos de Defesa Civil em todo o país estejam equipados diante dos riscos enfrentados por mais de mil municípios brasileiros por causa de atividades ligadas a exploração mineral.
Reportagem: Djan Moreno do PSDB na Câmara