Cinco feminicídios foram registrados no interior de São Paulo em menos de uma semana. Em 2018, de janeiro a novembro, 121 mulheres foram mortas em razão do gênero. No mesmo período de 2017, foram 105 mortes, conforme a Secretaria da Segurança Pública do estado (SSP).
O Estadão deu destaque para o caso da dona de casa Elizangela Pereira de Almeida, de 34 anos, morta com 23 facadas, na noite deste sábado (5), em Itupeva, interior paulista. O ex-companheiro da vítima foi visto fugindo da casa em direção a um matagal, logo após o crime. Até a tarde de domingo (6) ele continuava foragido.
Segundo o jornal, vizinhos ouviram os gritos de Elizangela e chamaram a polícia. Os policiais arrombaram a porta e encontraram a vítima caída, com muitos ferimentos, entre o quarto e cozinha. O socorro médico foi chamado, mas já a encontrou morta. Ela tinha medida protetiva contra ele por agressão anterior, mas não levou o caso adiante.
Outras duas tentativas de feminicídio também foram registradas, no último fim de semana. No sábado (5), um tatuador de 37 anos foi preso em flagrante após espancar a mulher com quem vivia, uma manicure de 28 anos, em Itanhaém.
Em São José do Rio Preto, um homem de 27 anos foi preso após agredir com um pedaço de madeira e tentar enforcar com um fio elétrico a companheira. Ele justificou alegando que descobrira uma traição.
Outros casos
Ainda no sábado, Maria Dalvina Dantas, de 39 anos, foi morta com um tiro no abdome pelo marido, o marceneiro José Dantas da Silva, de 44 anos, em Praia Grande. Ele está preso. Na sexta-feira (4), a adolescente Milena Optimara Soares Cardenas, de 13 anos, foi morta com um tiro na coxa pelo namorado, de 17 anos, em Campinas. O jovem foi apreendido.
Outra adolescente, Natasha Rodrigues, de 14 anos, foi morta no dia 3 por ter se negado a namorar o autor do crime, Deybson dos Santos, de 20 anos. Acusado de dar dois tiros na garota, ele está preso. No mesmo dia, Queli Aparecida Simon, de 29 anos, foi raptada, levada a um motel de Jaguariúna e assassinada. O suspeito, Edmilson Manoel Jardim, de 43 anos, confessou o crime e está na prisão.
*Com informações do Estadão