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Tucana ressalta necessidade de reforma da previdência para evitar crise ainda maior

Em entrevista ao SBT na última quinta-feira (4), o presidente Jair Bolsonaro disse que a proposta de reforma da Previdência de seu governo prevê uma idade mínima de 62 anos para os homens e 57 anos para as mulheres para aposentadoria. A idade subiria um ano a partir da promulgação da reforma e mais um em 2022, segundo Bolsonaro, que ainda disse que deixará a decisão de continuar aumentando esse parâmetro entre 2023 e 2028 para seu sucessor.

Mônica Alvarez, coordenadora de formação e cidadania do PSDB-Mulher do Distrito Federal, defende que a previdência é um assunto urgente.

“A previdência é um ponto espinhoso e um ponto de necessidade da reforma ao longo de vários governos. Bolsonaro vai ter que ter a coragem de mexer nisso. A população está envelhecendo, temos um número grande de idosos e muita gente fora do mercado de trabalho e no nosso modelo de previdência quem trabalha paga para os idosos. Com tanta gente desempregada a conta não fecha, então tem que se fazer uma reforma”.

Ela considera positiva a idade proposta por Bolsonaro e acredita que a população está vivendo mais, o que proporciona um maior tempo de contribuição.

“Realmente tem que jogar um pouquinho para frente a aposentadoria para dar tempo de capitalizar. Nós estamos cada vez mais longevos, cada vez mais ativos, o que proporciona um maior tempo de contribuição. Eu estou com 52 anos e não me vejo parando de trabalhar com 57”, disse.

Bolsonaro não explicou se essa idade valeria para os trabalhadores do INSS, para os servidores públicos ou para os dois. Segundo reportagem do jornal O Globo, técnicos da área econômica dizem que o presidente se referia aos servidores públicos, que já precisam atingir idade de 60 anos (homens) e 55 anos (mulheres) para requerer o benefício. Atualmente, não há idade mínima para o INSS.

Para Mônica há muita desinformação entre os brasileiros e a previdência deve ser tratada de forma mais lúcida. “A solução não é fácil e acho que não vai ser uma solução rápida, é preciso falar mais desse assunto abertamente. Não tem como sair disso, quando vemos as soluções de outros países eles tiveram que mexer. Acho que o Brasil está demorando a tentar resolver essa situação”, completou.

 Reportagem Karine Santos, estagiária sob supervisão