
A skatista brasileira Rayssa Leal, de 10 anos, pode entrar para história do esporte olímpico brasileira sendo a mais jovem representante do país na próxima edição dos jogos, em Tóquio 2020, quando terá 12 anos. Ela foi convidada para integrar a seleção brasileira de skate e é a segunda colocada do ranking nacional de street. Para garantir a vaga nos jogos, Rayssa precisa ficar entre as 16 melhores do ranking mundial ou entre as três melhores do campeonato mundial que ocorrerá entre outubro de 2019 e junho de 2020.
Desde os sete anos, Rayssa publica vídeos e fotos nas redes sociais das suas manobras, com isso começou a chamar a atenção do mundo do skate. Um desses vídeos chegou a Tony Hawk, lenda do skate mundial. No vídeo, vestida de fada, ela consegue depois de várias tentativas fazer uma manobra nos degraus de uma escada. Com a repercussão do vídeo ela recebeu o apelido de fadinha. Mas para ela essa fase já passou. “A Fadinha já passou, prefiro ser só Rayssa”, diz hoje, séria.
A skatista mora em Imperatriz, cidade do oeste do Maranhão que fica a cerca de 600 km da capital São Luís. Por ser integrante da seleção brasileira, ela terá o apoio da Confederação Brasileira de Skate (CBSK) para viajar o mundo disputando as etapas do circuito mundial. “Acho que o mais difícil vai ser falar e entender a língua deles. Mas na pista não precisa falar, né?”, resume ela, que estuda inglês com bolsa de estudos em uma escola particular de Imperatriz.
A atual brasileira mais jovem a participar de uma olimpíada é a nadadora Talita Rodrigues que participou com 13 anos dos Jogos de Londres em 1948. Animada por integrar a seleção brasileira, a menina tem certeza que seguirá sendo acolhida por todos os integrantes da equipe. “Eles me ajudam sempre. A Pâmela [Rosa, 19, líder do ranking brasileiro e também da seleção], o Bob [Burnquist, skatista e presidente da confederação], todo mundo. Eu já penso em representar o Brasil e conseguir ganhar uma medalha”, diz Rayssa, com a mesma confiança com que encara os obstáculos nas competições.
Além de Rayssa e Pâmela, Virginia Fortes de 12 anos, terceira colocada do ranking, integram a seleção brasileira de street. A quarta vaga será destinada a uma escolha técnica da CBSK. Letícia Bufoni, 25, deve ser a escolhida.
*Com informações da Folha de S.Paulo