A partir desta quarta-feira (31) serão distribuídos apitos para as mulheres que utilizam o transporte público de Belo Horizonte para ajudar a denunciar casos de assédio. Nos veículos serão instalados botões do pânico para que os funcionários acionem a Guarda Municipal a partir do sinal de socorro emitido por elas.
Para a presidente do PSDB-Mulher de Minas Gerais, Waleska Barros, a iniciativa é necessária devido a falha cultural existente. “Se nós estivéssemos numa sociedade equilibrada não seria necessário isso, mas devido a tanta falta de respeito, falta de política pública que eduque de forma correta esses infratores, a mulher passa a contar com uma alternativa para que ela se defenda”, observou.
Na última segunda (29), representantes das empresas de ônibus passaram por treinamento para o enfrentamento da violência. As instruções recebidas devem ser repassadas para motoristas e cobradores para saberem como agir diante dos casos.
De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública, os casos de assédio no transporte público em Minas Gerais cresceram 44,8% nos últimos dois anos. Também haverá guardas femininas em estações de ônibus e metrô para orientar as passageiras.
“É negativo ser necessário isso. Não seria necessário se culturalmente existisse respeito, já que não existe esse respeito é uma alternativa imediata que está se colocando à disposição da mulher”, acrescento Waleska.
A iniciativa é da Guarda Municipal de Belo Horizonte em parceria com a BHTrans e a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).
Reportagem Karine Santos, estagiária sob supervisão