A 20 dias do primeiro turno, a mobilização feminina promete ser a marca das Eleições 2018. Representando 52% do eleitorado, as brasileiras têm a chance de decidir o futuro do país nas urnas. A candidata a deputada distrital, Mônica Alvares (DF), reconhece que o pleito deste ano será atípico e defende a união das mulheres para evitar o retrocesso de lideranças radicais no comando do país.
“O fator das mulheres é preponderante. As mulheres estão muito mais envolvidas com a política também pelo fator econômico. Nós somos muito mais atingidas pela desigualdade, pelo desemprego, pela violência, pelas drogas, isso faz com que as mulheres tomem uma postura proativa nas decisões importantes para a sociedade”, disse.
Para a tucana, o movimento de mulheres contra o radicalismo é importante para a conquista de espaços dentro da própria política. “Em relação aos candidatos radicais, com atitudes homofóbicas, de racismo, é obvio que a mulher, por ser mais sensível, não concorda com essa atitude. A mulher é agregadora”, acrescentou.
Mônica Alvares afirma que as brasileiras estão se dando conta do papel da mulher na sociedade e que o momento é propício para mudanças importantes. “A mulher é protagonista neste momento. Nós não podemos deixar que país seja liderado pela intolerância. A mulher está despertando para esse poder e está na hora de se posicionar. O grupo vai tomando força”, completou.
Segundo o levantamento divulgado pelo jornal O Globo, pesquisas mostram que que 80% mulheres ainda não decidiram em quem votar nessas eleições. Isso significa que o voto feminino será o grande definidor das eleições de outubro.
Manifestação
Uma grande mobilização de mulheres está sendo organizada em todo o país no próximo dia 29. Representantes de cada estado escolheram os locais e os horários para o encontro de brasileiras que são contra o radicalismo no comando do país.
“Essa é uma eleição diferente. Eu acho que as pessoas estão extremamente frustradas e desiludidas com a política. Eu tenho visto isso no corpo a corpo com os eleitores. Essa manifestação promete entrar para a história. Somos muitas e podemos fazer a diferença”, concluiu a tucana.
Reportagem Tainã Gomes de Matos