Dados da pesquisa Ibope, contratada pela TV Globo e pelo jornal O Estado de S.Paulo, revelaram que o candidato à Presidência da República deputado Jair Bolsonaro (PSL) é o mais rejeitado entre as mulheres. Ele tem 37% de rejeição no total. De acordo com o levantamento, 41% das brasileiras afirmaram que não votariam nele de jeito nenhum.
A presidente do PSDB-Mulher do Rio Grande do Sul, Ivana Genro, atribui a grande desaprovação do candidato à postura que ele tem tomado diante de temas específicos ao público feminino.
“As mulheres têm uma sensibilidade a certos assuntos e quando elas ouvem, seja do Bolsonaro ou de alguém, coisas que neguem direitos, atitudes que vão contra os Direitos Humanos e a incitação ao ódio, a reação é repudiar”, disse.
Para a tucana, a forma como ele se posiciona diante dos temas referentes às minorias diz muito sobre como seria um governo regido pelo radicalismo. “A postura dele é sectária e não leva em consideração as demandas sociais. Não temos espaço na sociedade atual para extremismos e injustiças nas questões de gênero”, acrescentou.
Alckmin
A mesma pesquisa mostra que Geraldo Alckmin é reprovado por apenas 22% do público feminino, ou seja, 78% das mulheres aprovam o tucano como presidente do Brasil. “Alckmin traduz na sua gestão, na sua forma de ser, como ele se relaciona com o mundo, como ele trata a sua esposa, como ele trata a sociedade, a pessoa que ele é realmente. Ele é um homem aberto e sensível às causas femininas e está disposto a contribuir para o fim da cultura do machismo e para a baixa representatividade das brasileiras na sociedade.”, acrescentou.
A tucana também mencionou a escolha da Ana Amélia para compor a chapa presidencial ao lado de Alckmin. Na avaliação dela, o fato já demonstra o comprometimento do tucano com a pauta feminina.
“A forma como ele se dirige a Ana Amélia mostra que ele é um homem que pensa nas pessoas, que pensa nas mulheres e as respeita. Ele mostra por meio do seu comportamento a admiração e o reconhecimento pela luta feminista”, disse.
De acordo com a pesquisa, Bolsonaro enfrenta maior resistência também entre os que tem ensino superior, com 45% de rejeição. Entre os eleitores com 16 a 24 anos, 45% descartaram o deputado do PSL como opção de voto, percentual que cai para 31% entre os que tem mais de 55 anos. Bolsonaro é mais rejeitado por pretos e pardos (39%) do que por brancos (34%) e tem mais resistência de católicos (38%) do que de evangélicos (30%).