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Para Raquele, mulheres à frente da cobertura da Copa devem permanecer firmes contra o machismo

Raquele Nasserala

As mulheres já conquistaram seu espaço profissional muitas áreas, mas alguns setores ainda resistem ao protagonismo feminino e ao seu avanço em determinadas áreas ainda dominadas por homens. O machismo na cobertura jornalística da Copa do Mundo da Rússia foi tema uma reportagem no portal do Globo Esporte, que traz o relato das situação constrangedoras enfrentadas por duas profissionais nos primeiros 12 dias dos jogos.

Para a coordenadora da região Norte, Raquelle Nasserala (AC), as mulheres devem se manter firmes e resistir diante das manifestações explícitas do machismo. “Elas devem permanecer, não recuar para conseguir ainda mais espaço. Tem que marcar território. Ainda é um setor muito machista, a mulher tem que impor seu espaço”, sugeriu a tucana.

Segundo o estudo ‘Beyond 30% – Workplace Culture in Sport‘ da organização esportiva Women in Sport, 40% das mulheres que trabalham com esporte já sofreram discriminação por conta de seu sexo. “É muito triste ainda passar por isso, não somos vistas como competentes, somos vistas como objetos sexuais. Precisamos de medidas pra lutar contra isso, para resistir e mudar”, lamentou a tucana.

O relato das duas profissionais brasileiras que estão na Rússia para fazer a cobertura da Copa do Mundo revelou uma clima de “vale tudo” na cabeça de alguns grupos de estrangeiros. Segundo ela, “as brincadeiras quase nunca tem graça” e uma delas chegou a ser beijada por um torcedor uruguaio enquanto aguardava uma entrada ao vivo na porta de um estádio. O situação constrangedora foi encarada com risos por outros colegas, apesar de não ter tido graça alguma.