Nos últimos dias a presidente da República, Dilma Rousseff, foi pródiga em fazer aquilo que mais gosta: tentar enganar a opinião pública com informações falsas, assumindo para si a maternidade de programas e ações do PSDB – a criação do Cadastro Social, da Secretaria de Estado dos Direitos da Mulher e a desoneração de impostos da cesta básica de alimentos.
Dilma faz isso sem nenhuma vergonha, sem nenhum pudor, sem respeito à oposição, ao povo brasileiro, à história do Brasil e ao próprio cargo que ocupa. E, naturalmente, com o viés autoritário, stalinista, de permanentemente tentar apagar a história do país e de governos anteriores. Felizmente, ao contrário da União Soviética de Stálin e seu aparelho repressor, hoje no Brasil a imprensa é livre e há liberdade de expressão e das ideias que nos garantem repor a verdade dos fatos.
Registre-se que não há nenhuma novidade no comportamento dela, de quem se elegeu alicerçada num outro dirigente petista com os mesmos péssimos hábitos, o ex-presidente Lula, hoje ocupando o cargo de “adjunto presidencial” como muito bem definiu o ex-presidente Fernando Henrique.
Aliás, o mesmo Lula que em programa partidário de televisão, em 2000, criticou a distribuição de cesta básica, de tíquete de leite, “peças de troca em eleição”, que, ainda ele, “despolitiza o processo eleitoral e trata o povo mais pobre da mesma forma que Pedro Álvares Cabral tratou os índios, quando chegou ao Brasil “distribuindo bijuterias e espelhos para ganhar os índios.” Que ironia.
Geppetto, o criador do mentiroso menino Pinocchio, do autor italiano Carlo Collodi, deve se espantar com tanta prodigiosidade petista em criar uma série de dirigentes e autoridades que se especializam em tentar ludibriar o povo brasileiro. Geppetto deve estar pensando que sua fábrica de brinquedos transferiu-se para o Planalto Central do Brasil, especificamente para o Palácio do Planalto, nos últimos 10 anos.
Vamos aos fatos. A presidente Dilma, esquecendo que ocupa o cargo em nome de todos os brasileiros, usou uma rede de cadeia nacional para anunciar aquilo que fora contra há seis meses atrás: a desoneração de impostos federais para os produtos da cesta básica. Sim, Dilma vetou a proposta do deputado federal Bruno Araújo, do PSDB pernambucano, de desonerar a cesta básica, aprovada pelo Congresso Nacional, em setembro do ano passado.
Claramente eleitoreiro, o anúncio dela comprovou que já desceu da cadeira presidencial e subiu no palanque de 2014, receosa da mobilização do PSDB em torno do nome do senador Aécio Neves. Sua postura, ao vetar a proposta do PSDB, prejudicou milhares de brasileiros porque se recusou a aceitar uma proposta da oposição.
Para tentar desviar a atenção da opinião pública, antecipou o anúncio da desoneração da cesta básica que ela mesma prometera para 1º de Maio, Dia do Trabalhador. Alguma dúvida de que se tratou de uma ação político-eleitoral?
Dilma Rousseff antecipou o anúncio certamente estimulada por alguma pesquisa que lhe indicava índices negativos e receosa de alguns temas como inflação, prejuízos da Petrobras, tomassem conta do noticiário, revelando sua incapacidade gerencial e o seu desgoverno.
Mas a nossa personagem de Geppetto em Brasília não parou aí. Dilma e sua equipe de colaboradores petistas tentaram, mais uma vez, reescrever a história, e apagar dos documentos oficias a criação da Secretaria de Estado dos Direitos da Mulher e do Cadastro Único Para Programas Sociais, ambos surgidos nos governos do PSDB de Fernando Henrique.
Em solenidade oficial, no Palácio do Planalto, Dilma Rousseff simplesmente ignorou a criação da Secretaria dos Direitos da Mulher no governo Fernando Henrique em setembro de 2002, com a lei 10.539/02.
E se arvorou, mais uma vez, a tentar reescrever a história brasileira, querendo apagar os fatos, como fez Josef Stálin com seus adversários políticos, apagando fotos em que apareciam Leon Trotsky e outros.
Do mesmo modo, antes do decreto 3.877/01, no governo Fernando Henrique, não havia qualquer cadastro único federal. Quem o criou, no âmbito do Comunidade Solidária, foi a inesquecível Ruth Cardoso, sistematizando os registros e criando um cartão do Bolsa Escola, do Bolsa Alimentação e do Auxílio Gás.
Então, presidente Dilma, não é verdade que não existia um cadastro, como a senhora disse publicamente, em solenidade, sem um pingo de vergonha. Não é “conversa” que “não tinha cadastro”, como a senhora disse, também em solenidade pública. Tinha sim, presidente da República. Conversa, mas conversa fiada, é querer mudar a História do Brasil, evocando para si algo que pertence a outrem. É um péssimo hábito e um mal exemplo para os brasileiros, especialmente os jovens que acompanham os atos dos políticos.
Mas não adianta o PT e seus dirigentes partidários tentarem reivindicar a autoria de programas e ações do PSDB. Vivemos numa democracia e as conquistas dos governos tucanos estão registradas no Diário Oficial da União para que ninguém esqueça e ouse mudar os fatos, como fizeram os stalinistas no regime ditatorial soviético.
Como bem disse o nosso senador mineiro Aécio Neves, é preciso “respeitar o passado” e a História do Brasil.
É preciso acabar com a fábrica de Geppetto no Planalto Central do país.
Thelma de Oliveira
Presidente nacional do secretariado da Mulher