Ao tomar posse, nesta segunda-feira (18), Raquel Dodge será a primeira mulher a comandar a Procuradoria Geral da República (PGR). Ela é apontada como uma mulher firme, ambiciosa, disciplinada e discreta, de acordo com aqueles com quem convive. Dodge assume no lugar de Rodrigo Janot.
A procuradora-geral estará à frente de discussões, como o combate à corrupção, a revisão da lei da anistia e a violência contra à mulher. Em julho, ela foi sabatinada no Senado e teve o nome aprovado por 74 votos favoráveis ao seu nome.
Na sabatina, Dodge prometeu continuar o combate à corrupção na Operação Lava Jato e defendeu a prisão após condenação em segunda instância. Ela admitiu a possibilidade de rever delações premiadas e criticou abusos em conduções coercitivas e prisões preventivas.
Para além da operação, a procuradora defende a revisão da Lei da Anistia – medida criticada por não ter punido agentes do Estado que cometeram crimes durante a ditadura militar. Ainda, se colocou à disposição para trabalhar junto com a Procuradoria da Mulher no enfrentamento ao feminicídio e a violência contra a mulher.
Ao ocupar o cargo, Dodge passa a fazer parte de um grupo composto por outras três mulheres que desafiam a lógica estrutural do Brasil e ocupam os mais altos cargos das principais instituições jurídicas.
São elas: Cármen Lúcia, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF); Laurita Vaz, que preside o Superior Tribunal de Justiça (STJ), e ainda Grace Mendonça, a primeira mulher no comando da Advocacia-Geral da União (AGU).
*Com informações da Vozes, Mulheres e Notícias.