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Tucana defende cotas e segmentos dar visibilidade às mulheres

As mulheres são minoria em cargos de chefia nos Ministérios Públicos estaduais e no Judiciário, segundo levantamento realizado pelo jornal O Estado de S. Paulo. Para a coordenadora da rede de ações afirmativas do PSDB Mulher Nacional, Flávia Cruvinel, é preciso estimular a diversidade de gênero nos postos de tomada de decisão.

“A participação das mulheres nos espaços de decisão é tímida, até mesmo por causa da história da evolução das mulheres e da sua liberdade além do espaço do lar. É preciso ampliar a participação nos incentivando”, disse a tucana.

A proporção de chefias em mãos femininas, segundo a pesquisa, é de apenas três mulheres para um total de 27 procuradores-gerais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal. Elas estão no Espírito Santo, na Bahia e em Roraima.

Há, ainda, mulheres ainda em cargos elevados em cinco tribunais superiores do país – Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça, Superior Tribunal Militar, Tribunal Superior Eleitoral e Tribunal Superior do Trabalho.

Nas indicações do Poder Executivo, a tendência continua. Das 525 secretarias estaduais, apenas 84 são comandadas por mulheres.

Cotas e segmentos

Segundo Flávia Cruvinel, é necessário ampliar a participação das mulheres principalmente dentro dos partidos. “Eles têm um papel fundamental, é nos partidos que tudo começa. Precisamos lançar mais mulheres para candidatura, dar mais cargos de liderança para elas”, afirmou.

De acordo com a especialista, a criação de cotas para incentivar a paridade dos gêneros é fundamental, assim como a definição de segmentos femininos. “Gostaria muito de viver para ter a certeza de que não precisamos de cotas ou segmentos para ampliar a nossa participação”, observou Flávia Cruvinel.