A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que o Brasil poderia injetar R$ 382 milhões em sua economia, até 2025, se houvesse maior participação feminina no mercado de trabalho. Estimativas divulgadas pela organização apontam que, se a presença das mulheres crescer 5,5 pontos percentuais, o mercado de trabalho ganharia mão de obra de mais de 5 milhões de mulheres – tendo como consequência direta o aumento dos bens de consumo das famílias brasileiras, como mostra reportagem publicada pelo Portal Uol.
Para Sandra Quezado, ouvidora da Coordenação Executiva do Secretariado Nacional da Mulher – PSDB, a notícia é positiva. A tucana entende que a inclusão vem através de iniciativas públicas e privadas, e que as mulheres do Brasil já conquistaram um grande espaço e estão agora presentes em todos os segmentos. “Estamos mais para abrir espaço do que para não abrir, realizamos muitas conquistas, já ocupamos espaços antes exclusivamente masculinos”, opinou Sandra.
Ela lembra que o assunto já foi debatido anteriormente em países desenvolvidos como, por exemplo, o Japão, e que o resultado na prática foi positivo. Através da criação de creches e da ajuda estrutural, as mulheres ganharam melhores condições de trabalho.
Embora o caminho para a liberdade da mulher já tenha sido aberto, é preciso que ocorram mudanças estruturais em nosso país, como defende Sandra. “É preciso que haja uma forte iniciativa. É uma luta pela igualdade e pela oportunidade, mas enquanto o poder maior não dar condições e transformar isso numa política, fica mais difícil”, conclui ela.
A inserção das mulheres dentro da economia possibilitaria o desenvolvimento do poder de consumo de bens e serviços das famílias. O Brasil faz parte do G-20, grupo de países em desenvolvimento, e tem o compromisso de ampliar em 25% a participação das mulheres e igualdade de gênero dentro das empresas.
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