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Tucanas comemoram os 85 anos do voto feminino no Brasil

solange-jurema-psdb-mulher-300x200O Brasil celebra, nesta sexta-feira (24), 85 anos da conquista do voto feminino. Fruto de longa luta, o direito das mulheres em escolher seus representantes foi garantido em 1932, durante o governo de Getúlio Vargas, após intensa campanha nacional. Apesar da conquista, a representatividade das mulheres na política e em cargos relevantes no Brasil é considerada baixa em comparação com as taxas de outros países. A luta pela igualdade de gênero ainda é latente em diversas áreas, e a militância feminina ganha nova força com questões da atualidade.

Segundo dados do TSE, do total de candidatos das eleições de 2016, apenas 31,60% foram do sexo feminino. Para o cargo de vereador, entraram na disputa somente 32,79% de mulheres. Na disputa para os cargos de prefeito esse número é ainda menor: apenas 12,57% dos candidatos.

A presidente nacional do PSDB-Mulher, Solange Jurema (PSDB-AL), comemorou mais um ano da data histórica, mas lembrou de reivindicações antigas que ainda não foram solucionadas. “Tivemos conquistas e retrocessos. Apesar sermos protagonistas do nosso voto e de podermos escolher em quem queremos votar, não estamos nos sentindo representadas na política e isso precisa mudar”, disse.

A tucana destacou que existem vários fatores limitantes para que as mulheres consigam a igualdade de direitos e a paridade com os homens no poder. Ela cita como exemplo a falta de espaço para as mulheres no momento em que os partidos políticos escolhem os candidatos que irão disputar uma eleição.

“Quando chega na hora de escolher os candidatos os homens nos excluem ou colocam mulheres que não têm chance de se eleger estrategicamente para que não atrapalhem as eleições dos homens”, lamentou.

Solange enfatizou que é preciso uma melhor comunicação entre as militantes mais antigas e as da atualidade. “É preciso ouvir as reivindicações da militância feminista jovem. É importante abrir o olhar e dar oportunidade para que as jovens mulheres digam o que elas querem. As reivindicações das mulheres no século XX podem não corresponder exatamente com as das mulheres do século XXI”, explicou.

A deputada federal e presidente de honra do PSDB-Mulher, Yeda Crusius (RS), lembrou que a conquista é, em termos históricos, recente, apesar de terem se passado 85 anos. Para a parlamentar, o direito de votar estimula a mulher a buscar durante todo o processo das campanhas eleitorais aquele ou aquela que melhor lhe representa.

“Vamos celebrar esta data! Ainda temos muito a aprender e estamos dispostos a fazer isso. Tenho certeza que no campo da mulher o desenvolvimento para a escolha de seus representantes é algo que está presente no cotidiano. Viva 24 de fevereiro!”, disse.

Para a deputada federal Geovânia de Sá (PSDB-SC), a data representa muito para o Brasil. De acordo com ela, foi com o voto feminino que as mulheres passaram a conquistar mais representatividade na sociedade.

“Quando as mulheres realmente foram às urnas, elas perceberam a necessidade de serem representadas na política. A mulher viu que vive no meio de uma sociedade e que participa dessa sociedade; portanto, nada mais justo de que escolher os seus representantes”, afirmou.

A tucana considera a representatividade das mulheres ainda “tímida”, e destacou a necessidade de a classe continuar lutando. “Sabemos que ainda somos apenas 51 na Câmara e que ainda precisamos trabalhar muito, mas aos poucos a gente está ganhando espaço”, concluiu.

A deputada federal Shéridan (PSDB-RR) comemorou a data nas redes sociais e destacou que a conquista propiciou um grande avanço na política e na mudança de mentalidade da sociedade. Ela também mencionou a luta pela maior participação da mulher na política.

“Apesar das determinações legislativas e de representarmos mais de metade da população eleitora brasileira, as mulheres ainda não possuem representação proporcional na política. Cada mulher que cumpre seu mandato inspira mais mulheres. E isso é positivo para a sociedade”, escreveu no Facebook.

A tucana ressaltou que a participação das mulheres nos espaços de poder acarreta a humanização das pautas em debates e  traz uma maior sensibilidade nos desenvolvimentos dos projetos, o que, segundo a tucana,  é fundamental para o fortalecimento da democracia.

“Quando uma mulher entra na política, muda a mulher. Quando muitas mulheres entram na política, muda a política”, completou.