Notícias

Crise chega ao Cristo Redentor: Igreja pede ajuda para garantir manutenção do monumento

Cristo Redentor na Cidade do Rio de Janeiro. Foto: Shana Reis

Cristo Redentor na Cidade do Rio de Janeiro. Foto: Shana ReisBrasília (DF) – Nem mesmo uma das sete novas maravilhas do mundo moderno, o Cristo Redentor, conseguiu escapar da crise econômica de desastrosas proporções que o Brasil enfrenta. Pela primeira vez em 85 anos, o monumento conhecido internacionalmente será alvo de um movimento para arrecadação de fundos, lançado pela Arquidiocese do Rio de Janeiro. As parcerias institucionais entre a Igreja Católica e empresas privadas já não têm sido suficientes para bancar os quase R$ 5 milhões gastos anualmente com a manutenção e o pagamento de funcionários do santuário.

As informações são de reportagem desta quinta-feira (08) do jornal O Globo. De acordo com a publicação, a campanha “Amigo do Cristo Redentor” será lançada na próxima terça-feira (13), no alto do Corcovado. A iniciativa, além dos fiéis, também é direcionada a empresários e moradores que se sensibilizem com a situação do ponto turístico. As doações poderão ser feitas pela internet ou por depósitos na conta do santuário.

Considerado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como patrimônio cultural da humanidade, o Cristo Redentor recebe cerca de três milhões de visitantes por ano. Só com despesas de manutenção, são gastos mais de R$ 3 milhões anualmente.

“A crise está por todos os lados”, destacou o padre Marcos William, coordenador de comunicação da Arquidiocese. “Temos dificuldades em conseguir novos parceiros institucionais, e também não há certeza de que os atuais continuem conosco. A verba da igreja, o dízimo, também diminuiu consideravelmente. O decréscimo já é notado em todas as paróquias. O fiel é atingido pela crise e percebemos isso nas colaborações”, disse.

O padre ressaltou ainda que os projetos socioculturais e a assistência aos turistas e pessoas com deficiência podem ser prejudicados caso a ajuda esperada não apareça.

Vale lembrar que doações do tipo para o Cristo Redentor só aconteceram duas vezes: em campanhas realizadas pela Igreja nos anos de 1923 e 1929 para financiar a construção do monumento.

Leia AQUI a íntegra da reportagem do jornal O Globo.