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Líderes do PSDB criticam possível paralisação da votação da PEC do teto de gastos

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Brasília (DF) – Líderes do PSDB se manifestaram contra a possibilidade de o senador Jorge Viana (PT-AC), que assume a Presidência do Senado se houver a oficialização do afastamento de Renan

Calheiros (PMDB-AL), suspender a votação de projetos importantes, como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do teto de gastos públicos, inicialmente marcada para a próxima terça-feira (13). Segundo o jornal O Globo, o petista teria dito a interlocutores que pretende paralisar a votação. O líder do PSDB na Câmara, deputado federal Antonio Imbassahy (BA), afirmou que a Presidência do Senado não pertence a um partido e que não acredita que a suspensão irá ocorrer.

“A cadeira de presidente do Senado não pode se prestar a interesses partidários, e sim do país. Não acredito que haja algum movimento que possa prejudicar uma pauta já definida, notadamente a votação da PEC do teto dos gastos públicos”, afirmou.

O líder do governo no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), também se posicionou contra a paralisação. “O acordo da PEC do teto não pode ser derrubado de jeito nenhum. Todos os líderes acordaram a instituição do regime especial de votação, não tem como mudar. O senador Jorge Viana é um homem correto. Não usaria essa interinidade para mudar uma regra preestabelecida”, defendeu, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

Com a entrada do petista na Presidência interina da Casa, o governo teme que o calendário possa ser alterado. Segundo um interlocutor do presidente Michel Temer, a votação da PEC passou a ser “uma incógnita”, como destacou O Globo.

A medida é a principal bandeira da equipe econômica de Temer para reequilibrar as contas públicas e ajudar o país a sair da acentuada crise financeira.

O líder da minoria, Lindbergh Farias (PT-RJ), falou ao jornal que a oposição vai apresentar requerimento pedindo que Viana paralise a PEC. “O Senado vai ter, sim, que mexer com sua pauta. Não pode votar essa PEC de jeito nenhum”, declarou.

Imbassahy afirmou ainda que não há surpresa na fala do petista, mas rebateu a declaração. “Não me surpreende que segmentos do PT, um partido que destruiu a economia nacional, possa seguir com o mesmo propósito, mas não passarão”, destacou.