Rio de Janeiro – Cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016 no Estádio do Maracanã. (Fernando Frazão/Agência Brasil)
As marcantes imagens da abertura dos Jogos Olímpicos 2016 no Rio de Janeiro ainda permanecerão em nossos corações e mentes por muitas décadas e ficarão registradas na história das Olimpíadas para sempre.
Com beleza plástica incomum, criatividade inovadora, eficiência pontual e alegria incomparável, o povo brasileiro e seus artistas mostraram a mais de 3 bilhões de pessoas ao redor do mundo toda a sua capacidade e competência.
Sim, somos capazes, sim.
Apesar da perversa distribuição de renda, apesar das discriminações odientas contra mulheres, negros e homossexuais, apesar da Lava-Jato e dos maus políticos, o Brasil é capaz, sim, de promover uma Olimpíada, reunindo atletas de todo o mundo.
Feliz o país que tem um povo trabalhador como o brasileiro.
Feliz a Nação que pode contar com a criatividade, a genialidade de seus artistas.
A abertura dos Jogos Olímpicos nos trouxe, de volta, como num passe de mágica, a certeza um tanto adormecida de que somos um povo trabalhador, criativo e cumpridor de suas obrigações.
Promover aquele show com mais de cinco mil voluntários, executá-lo com perfeição e pontualidade britânicas nos trouxeram a convicção que esse imenso país e seu generoso povo são, sim, capazes.
As recentes mazelas na política brasileira, a recessão econômica, o desemprego que atinge impiedosamente 11,6 milhões de brasileiros e brasileiras, fez com a desesperança ocupasse os nossos corações.
A autoestima do Brasil, do povo brasileiro, estava lá embaixo e o show do dia 5 de agosto nos fez enxergar o quanto somos capazes.
Temos, sim, que nos envergonhar do que boa parte dos políticos faz, mas não podemos deixar que as falcatruas deles nos impregnem de desesperança.
Pelo contrário. A ação da Polícia Federal, do Ministério Público, da Justiça brasileira são maiores e devem nos motivar ainda mais, como fazem os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro.
O povo brasileiro é sério, trabalhador e competente!
Se a maioria dos seus representantes não o são, temos que mudá-los.
Agora, em 2 de outubro, teremos uma nova oportunidade.
E vamos provar, nas urnas, que também somos capazes de escrever nossa história e deixar uma marca indelével para a posterioridade, como o povo brasileiro fez na abertura das Olimpíadas.
*Solange Jurema é presidente do Secretariado Nacional da Mulher/PSDB