Hino, bandeira, armas ( brasão da República) e selo nacional. Esses são os símbolos da Pátria, conforme reza o artigo 13, parágrafo 1.o, da Constituição Brasileira. Surgidos cada a seu tempo, a partir da Proclamação da República, em 1889, esses símbolos devem ser guardados com respeito por todos os brasileiros e desde sua criação diversas leis regularam seu uso em pormenores.
Estabeleceu-se também, no correr do tempo, algumas punições para quem fosse flagrado ou comprovadamente tivesse agido com desrespeito a qualquer um deles. A punição mais nova, criada pela lei 5.700 de 1971, é a de “pagamento de multa de quatro vezes o maior valor de referência do país”. Em 1910, todavia, a legislação previa até a expulsão do Brasil para quem agisse com desrespeito aos nossos símbolos.
Hoje muita coisa mudou e, ao contrário do que diz a vigente lei 5.700, as pessoas se enrolam na bandeira e a utilizam como objetos de vestuário e o hino vem sendo tocado em vários ritmos, embora ainda não se admita a mudança da sua letra que tanto enche de orgulho os brasileiros.
O presidente da República, apesar de representar a todos nós dentro e fora do País não é preservado na Constituição como símbolo e nem poderia, afinal um presidente se muda a cada quatro ou oito anos.
Apesar disso, os brasileiros sempre respeitaram seus presidentes. Eles no máximo foram motivo de piadas ou desenhos de chargistas, pessoas que, como se sabe, vêm o mundo com humor e o retratam desta forma. Entre os presidentes recentes houve apenas um – Fernando Collor – que sofreu apupos nos tempos finais do seu mandato quando sofreu o impeachment. Nada comparável com o que ocorre agora.
De janeiro para cá, quando o Brasil descobriu a grande farsa do governo Dilma nunca se viu na história deste país, um dirigente nacional tão enxovalhado nas ruas, nas esquinas, nos ônibus, nos metrôs, onde quer que estejam duas pessoas e o assunto seja a situação política, econômica, social e moral que se experimenta atualmente. Na Internet, então, é um Deus nos acuda.
Nem mesmo a condição de mulher tem livrado Dilma do achincalhe. Muito do que sai da boca do povo nem se pode escrever, sob pena de processo, quando o assunto é a presidente. Até que se evitou fazer o primeiro pixuleco com o seu rosto, o preferido foi seu mentor Luis Inácio Lula da Silva. Agora, porém, lá está Dilma em seu boneco gigante percorrendo as capitais do país.
O que teria motivado tamanha irritação contra a presidente da República? A primeira versão da pixuleca responde a isso de forma transparente. A presidente foi retratada com um enorme nariz de Pinóquio, símbolo da mentira nas histórias infantis. Quem já viu um mentiroso ser respeitado?
Cervantes, Nietzsche, Lincoln, ficaram famosos com frases lapidares sobre a mentira e os mentirosos mas o dramaturgo espanhol Jacinto Benavente Martinez é muito citado por ter dito que “ na boca do mentiroso até a verdade é suspeita”. O presidente Itamar afirmava : “os números não mentem mas os mentirosos fabricam números”.
Deve ser este o maior problema da atual presidente. Perdeu o crédito. Ninguém mais acredita no que diz ou faz. Virou um cadáver ambulante. Figurinha tarimbada, incapaz de convencer qualquer pessoa. Se nem a classe política crê mais nela, os empresários foram os primeiros a se recolherem, parando de investir e contribuindo para aumentar o desemprego. A economia desgovernou-se e o futuro é incerto.
Na linguagem popular, onde os mentirosos são motivo para chacotas, caiu como uma luva a comprovação de que a presidente faltou com a verdade. Isso o povo entende e bem. Não precisa de muita explicação
*Terezinha Nunes é presidente do PSDB Mulher de Pernambuco
**Do portal PSDB-PE