O previsto está acontecendo: a cada semana pioram as contas públicas, diminuem as expectativas econômicas e o quadro politico se agrava com o inicio do desembarque do PMDB do governo Dilma Rousseff, programado para até o final do ano, se nada acontecer para evitá-lo.
A inflação bate recorde para o mês julho, a indústria desacelera e milhares de metalúrgicos do ABC são demitidos. A recessão econômica se consolida e é reconhecida oficialmente, após dois trimestres seguidos de PIB negativo, e o governo Dilma Rousseff vê sua base aliada se desmanchar no ar.
A desculpa oficial, que jogava nas costas da crise mundial os problemas da economia nacional, foi desmentida ao vivo, em emissora de grande audiência. Os brasileiros foram informados que em um ranking de 35 países ficamos à frente apenas de Rússia e Ucrânia, envolvidos em uma guerra. Até a Grécia teve PIB positivo, nós não.
Nesse quadro econômico e politico grave, a cada semana surgem novos fatos de Curitiba, da Operação Lava-jato, sobre delatores que comprometem ainda mais antigos integrantes do governo Lula, bem como de partidos da base aliada.
Mas da capital paranaense saem noticias alentadoras, como os acordos e as ações que já conseguiram devolver aos cofres públicos, especialmente os da Petrobras, cerca de R$ 1,8 bilhão, uma pequena fortuna, importantíssima para o país.
Não só isso, a ação firme e determinada dos procuradores do Ministério Público, dos agentes e delegados da Policia Federal e do juiz Sergio Moro seguem como exemplo de como o funcionalismo e o servidor públicos ainda se mantem incólumes a essa onda devastadora de corrupção da máquina estatal.
Nas manifestações públicas e nas redes sociais, esse time de valorosos servidores públicos mereceu o reconhecimento de milhares brasileiros, enfim de toda a nação pelo trabalho correto e impecável na condução de toda a Operação Lava-jato.
Se a situação do país é grave – e isso nem o mais ardoroso petista têm como negar – e o desfecho se desenha como incerto, há a esperança de que de Curitiba sempre virão noticias alvissareiras, comprovando que vivemos em um regime democrático em que as instituições funcionam regularmente, em que pese a tristeza que as revelações nos trazem.
*Solange Jurema é presidente do Secretariado Nacional da Mulher/PSDB