Promover uma reflexão sobre o papel das mulheres na política, destacando os caminhos percorridos por quem esteve presente na construção do PSDB-Mulher Nacional. Mais do que um panorama histórico, o documentário “PSDB-Mulher — 25 anos construindo o Brasil que queremos” trouxe uma análise do atual momento político e do impacto da participação feminina nesse cenário. Lançada nesta quarta-feira (13/9), em Brasília, a obra propôs um olhar para o futuro em busca de uma sociedade mais justa e igualitária.
A presidente de honra do PSDB-Mulher do Rio Grande do Sul e assessora executiva do Secretariado Nacional, Angela Sarquiz, foi a responsável por abrir a cerimônia de lançamento da obra e manifestou a solidariedade de todas as tucanas às famílias atingidas pela maior enchente dos últimos trinta anos na região norte e noroeste do Rio Grande do Sul, causada por um ciclone. Em seguida, convidou presidente nacional do PSDB-Mulher, Yeda Crusius, que já foi governadora do Rio Grande do Sul, para subir ao palco e fazer um relato sobre o projeto.
O curta-metragem conta a evolução do papel das mulheres na política, tendo como um de seus momentos emblemáticos a fundação do PSDB-Mulher na década de 1990. “Pretendíamos, na verdade, fazer com que o Brasil fosse um país mais justo, menos desigual, mais democrático, mais desenvolvido. E para isso a agenda do mundo já se preparava para dizer: ‘enquanto não tiver mulher numa proporção melhor na política, essa democracia não chega”, explicou a Yeda Crusius.
Ao apresentar o filme, Yeda ressaltou que o momento atual deve ser de atenção. “Hoje não é um dia de festa: é um dia de celebração. Porque são 25 anos daquela frase que nos conduz desde as nossas primeiras precursoras: ‘a luta continua!’”. A líder citou o debate da nova lei eleitoral, em pauta no Congresso Nacional, que pode colocar essas conquistas históricas em perigo. “Cada momento com o seu desafio”, reforçou a presidente.
Para ela, as bandeiras do PSDB-Mulher representam o que a mulher tucana deseja para o Brasil — não apenas o que quer para as políticas das mulheres. “Nos orgulhamos de onde viemos, mas sabemos que a gente tem que construir um futuro muito diferente do que foi aquele que buscamos fazer em 1988.”
Importância para a mulher brasileira
Personagem do documentário, a prefeita de Palmas (TO), Cinthia Ribeiro, disse se sentir honrada de olhar e fazer parte dessa história. “Todo esse tempo, ver o quanto a gente se ajuda e soma uma na vida da outra. Eu não enxergava muitas das potencialidades que eu tenho, mas eu fui vista por tantas amigas e tantas pessoas queridas que compõem a história do partido comigo.” A prefeita corroborou a fala de Yeda Crusius, afirmando que agora o momento é de monitorar o que está acontecendo no Congresso. “Essa votação que pode colocar por terra as grandes conquistas que tivemos em 2018. É necessário vigiar inclusive a própria bancada do PSDB”, pontuou.
Solange Jurema, que foi a primeira ministra da Mulher do Brasil e presidente do PSDB-Mulher entre 2013 e 2017, reafirma que a história do segmento é importante não só para as mulheres tucanas, mas para todas as mulheres brasileiras. “Mais do que nunca é importante termos consciência do quanto temos que nos manter unidas e atentas, cada vez mais buscando uma democracia que seja real, em que homens e mulheres tenham os mesmos direitos e as mesmas oportunidades”, sintetizou a atual presidente de honra do PSDB-Mulher Nacional.
O governador do Rio Grande do Sul e presidente nacional do PSDB, Eduardo Leite, enviou uma carta afirmando o orgulho que as mulheres tucanas trazem ao partido. “É excelente saber que a história do segmento está sendo devidamente registrada. A história e a atuação de vocês são absolutamente inspiradoras. Parabéns a todas que fazem parte dessa luta pela igualdade de gênero, pela devida ocupação de espaços e participação ativa das mulheres na política brasileira”, registrou o líder do Executivo gaúcho. Leia aqui a íntegra da carta.
Uma das fundadoras do PSDB em 1988, primeira governadora mulher do Distrito Federal e ex-presidente do PSDB-Mulher Nacional (2005-2007), Maria Abadia também esteve presente no evento. Para ela, o movimento de participação feminina na política é importante independentemente do partido. Representando a Fundação Konrad Adenauer no Brasil, a diretora-adjunta da instituição, Carmen Leimann-Lopez reforçou o quanto os partidos políticos são os fundamentos da democracia. “A formação é o que une o PSDB à Fundação Konrad Adenauer. Nós promovemos capacitações, promoção de conhecimento e construímos projetos que trazem benefícios para quem se envolve na política, seja participando ativamente nos partidos, sejam cidadãos ou candidatos”, sinalizou. Segundo ela, é preciso seguir trabalhando para que liberdade, justiça social e a igualdade de gêneros sejam uma realidade.
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Sobre o documentário
O documentário “PSDB-Mulher — 25 anos construindo o Brasil que queremos” apresenta as dificuldades e desafios de fazer política hoje no Brasil, mas também aborda as conquistas e as esperanças para o que virá. A obra conta com a participação de líderes como Yeda Crusius, Solange Jurema, Thelma de Oliveira, Cinthia Ribeiro e Raquel Lyra. Também homenageia figuras históricas e fundamentais para o segmento partidário, como André Franco Montoro, Lucy Montoro e a antropóloga e ex-primeira-dama do Brasil, Ruth Cardoso — uma das fundadoras do PSDB-Mulher. Para assistir, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=trIl5uhquFY&t=13s
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