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Magistrados do RS rebatem Bolsonaro sobre a lisura do processo eleitoral

Foto: José Cruz/Agência Brasil

O vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS), Francisco José Moesh, defendeu nesta quarta-feira (20/07), em Porto Alegre (RS), as urnas eletrônicas e a lisura do processo eleitoral do país. Discurso semelhante fez a corregedora-eleitoral gaúcha, Vanderlei Teresinha Tremeia Kubiak, que lembrou que o processo de transparência e correção foi conquistado ao longo da história e dos avanços da tecnologia.

Moesh e Kubiak participaram do evento “Participação feminina na política e violência política contra as mulheres”, promovido pelo TRE-RS, do qual participaram a presidente do Secretariado Nacional da Mulher/PSDB, Yeda Crusius, e a prefeita de Pelotas (RS), Paula Mascarenhas (PSDB). As reações dos magistrados ocorre logo depois de o presidente Jair Bolsonaro reunir embaixadores estrangeiros e levantar dúvidas sobre o processo eleitoral brasileiro.

“[Quero aqui defender] uma festa à democracia, um convite à concórdia e à harmonização. Levemos o bom exemplo a todos. Não há pacificação sem democracia. O exercício da democracia não pode conviver contra discriminações”, afirmou o vice-presidente da Justiça Eleitoral do Rio Grande do Sul.

O desembargador lembrou que as urnas são auditáveis. “Qualquer eleitor pode auditar, pode verificar. São 26 anos sem nenhuma reclamação fundamentada. Assim como fizemos um passado marcado pela fraude. A urna eletrônica foi uma resposta à fraude.”

Para Vanderlei Teresinha Tremeia Kubiak, corregedora eleitoral, as urnas eletrônicas sacramentam a confiabilidade do processo eleitoral. “São mais de 25 anos da urna eletrônica de sucesso e com ela acabou o processo de fraudes e uma das grandes iniciativas do Brasil, há como auditar”, ressaltou.

Os magistrados rebateram as campanhas de desinformação e o ódio na campanha eleitoral. “[É preciso separar] o que é fato e o que é mentira. O ponto muito importante é separar o ódio e o que é política. O ódio afeta a política. As táticas buscam minar as participações das mulheres, LBTQIA+, indígenas e pessoas negras com assédios e desinformações.”

Ana Gabriela Veiga, diretora-geral do TRE-RS, acrescentou que: “O acirramento não nos favorece, se a gente tem uma outra luta que se sobrepõe, o esforço se torna maior.”