O primeiro debate das prévias que escolherão o candidato do PSDB à Presidência da República, realizado nesta terça-feira (19/10), no Rio de Janeiro (RJ), começou com os candidatos Arthur Virgílio Neto, ex-prefeito de Manaus (AM); Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul; e João Doria, governador de São Paulo; debatendo sobre políticas públicas para mulheres e como combater a desigualdade de gênero que permeia a sociedade brasileira, entre outros temas de relevância nacional. ASSISTA AO DEBATE NA ÍNTEGRA AQUI.
O governador paulista destacou como São Paulo tem hoje um amplo programa de proteção às mulheres, elencando uma série de iniciativas propostas por uma gestão, acima de tudo, participativa.
“Nós ampliamos as Delegacias da Mulher, hoje temos 140, instituímos a delegacia online 24 horas por dia e o aplicativo SOS Mulher. As mulheres têm proteção, apoio, equidade e representam uma participação expressiva no governo do estado de São Paulo”, disse.
Doria ressaltou o prêmio recebido pelo aplicativo SOS Mulher, que confere à vítima o direito de receber atendimento policial em até 15 minutos a partir do acionamento do botão no seu celular, no Japão, e contou como o programa Dignidade Íntima oferece absorventes para meninas da rede pública de ensino e mulheres em situação de vulnerabilidade gratuitamente.
“Também implementamos o programa Empreenda Mulher, com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Ciência e Tecnologia, para valorizar a atividade empreendedora principalmente em comunidades mais pobres, vulneráveis, reconhecendo o valor e a importância da atividade para aquelas que, mesmo vivendo em situações adversas, têm direito a serem empreendedoras. Em São Paulo se respeita a mulher”, pontuou o tucano.
O gestor gaúcho, Eduardo Leite, também falou sobre iniciativas em prol das mulheres e afirmou ter orgulho de ter ajudado a eleger a primeira mulher a governar um dos maiores municípios do estado, a prefeita de Pelotas (RS) Paula Mascarenhas (PSDB). Ele frisou que seu governo também conta com expressiva participação feminina, entre elas as primeiras mulheres a comandar a Polícia Civil e a integrar o alto comando da Polícia Militar do Rio Grande do Sul.
“Uma das funções, por exemplo, que a gente fez lá, e que eu acho que a gente tem que avançar no Brasil, é em alcançar crédito para mulheres empreendedoras, facilitando o acesso para que elas possam ter os seus negócios, consigam estar inseridas na economia de forma facilitada, reconhecendo a importância delas nesse sentido”, considerou.
“Outro ponto é avançar na educação. Por exemplo, na faixa de renda mais baixa, 20% da população mais pobre, pouco se avançou no Brasil na oferta de vagas para crianças de 0 a 3 anos, o que acaba tirando mulheres do mercado de trabalho, e acaba sendo um problema econômico para o país também”, avaliou.
Por sua vez, Arthur Virgílio Neto constatou que o caminho para o desenvolvimento do Brasil passa, necessariamente, pela promoção da civilização e da diversidade.
“A civilização significa respeito à diversidade, quando se trata de pessoas humanas, e o respeito à biodiversidade. Extrair essa riqueza, não perdê-la”, apontou.
“Se a gente não quiser ser humano em relação à mulher, e eu sou profundamente humano em relação a essa opressão que as mulheres sempre têm passado, quero dizer o seguinte: elas custaram em 10 anos, 10 bilhões de reais para o PIB brasileiro. Ou seja, investir na mulher significa, até para os frios, respeito a uma boa economia”, argumentou o tucano.
O evento foi organizado pelos jornais O Globo e Valor Econômico, mediado pela colunista Vera Magalhães, com transmissão ao vivo pela internet. ASSISTA AO DEBATE NA ÍNTEGRA AQUI.
As prévias para escolher o candidato tucano à Presidência da República têm data marcada para o dia 21 de novembro.