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CPI da Pandemia: Mara Gabrilli cobra do ministro da Saúde prioridade na vacinação de brasileiros mais vulneráveis

A senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) participou dos questionamentos ao atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, feitos nesta quinta-feira (6/5) durante mais uma reunião da CPI da Pandemia. A tucana manifestou o seu orgulho em representar a Bancada Feminina no colegiado, que não tem nenhuma mulher entre os seus 18 membros, questionou o ministro quanto à lentidão da vacinação e cobrou do governo federal prioridade aos brasileiros mais vulneráveis em seu plano de imunização.

“Sinto muito orgulho de representar a Bancada Feminina do Senado nessa CPI”, iniciou ela. Sem vaga formal na comissão, as senadoras têm se revezado para acompanhar as audiências presencialmente, articulando também o seu direito à fala durante os trabalhos.

“Todos nós sabemos que o ritmo da campanha de vacinação contra a Covid-19 está sendo considerado lento, sobretudo quando comparado a outros países. Eu represento um grupo dos mais vulneráveis, que são as pessoas com deficiência, com comorbidades, onde se incluem muitas pessoas com doenças raras. Essas pessoas estão desesperadas, porque a maioria, quando contrai o Covid em uma situação dessas, morre. E elas ainda não foram vacinadas, como sabemos, por falta de vacinas”, expôs a parlamentar.

Em relação à imunização do grupo de pessoas com deficiência permanente, Mara Gabrilli apontou o fato do Plano Nacional de Operacionalização das Vacinas (PNO) ter usado como critério inicial o recebimento do Benefício de Prestação Continuada (BPC), diferentemente do critério adotado para a população idosa, cuja vacinação não ficou restrita a quem recebe o recurso.

Ela reforçou ao ministro da Saúde a necessidade de priorizar na vacinação pessoas com doenças neurodegenerativas, paralisia cerebral, tetraplegia ou paraplegia, ou com síndrome pós-pólio, que na maior parte dos casos têm em comum a insuficiência respiratória ou renal.

“Muitas dessas pessoas são dependentes de ventilação mecânica, e não vimos a inclusão desses grupos no PNO como comorbidades. Além disso, as pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), com esquizofrenia, e outras questões que também geram dificuldade de interação social”, acrescentou a tucana.

Em resposta, Marcelo Queiroga afirmou que levará as demandas para análise da equipe técnica do Ministério da Saúde, para que possam ser eventualmente inclusas no plano nacional de imunização.

A senadora também questionou o ministro acerca das medidas de controle da pandemia do coronavírus adotadas pelo governo federal.

“A gestão do Ministério da Saúde referente às medidas de prevenção e de controle da pandemia da Covid-19, sobretudo as medidas de distanciamento social e uso de máscara, é respaldada por elementos de natureza técnica ou elas sofrem interferência de instâncias políticas ou dos desejos do presidente da República?”, perguntou.

“Estamos empenhados para que os brasileiros que mais precisam de cuidados não fiquem para trás”, completou Mara Gabrilli.