Elas farão aferição de temperatura, higienização de equipamentos de uso coletivo, além de orientar estudantes quanto ao uso da máscara e distanciamento. Proposta é destinada para as mães desempregadas e tem salário previsto de R$ 1.155.
A Prefeitura de São Paulo vai contratar cinco mil mães de alunos da rede pública municipal para trabalhar nas escolas como agentes de protocolos de saúde contra o coronavírus.
Elas serão responsáveis por aferir a temperatura dos estudantes na entrada, higienização dos equipamentos de uso coletivos, além de fiscalizar o cumprimento das medidas de distanciamento e uso correto da máscara e do álcool gel.
A proposta é voltada para mulheres desempregadas. Elas vão receber um salário de R$ 1.155 mensais por 30 horas semanais de trabalho divididas em 24 horas de atividades nas frentes de trabalho e seis para cursos de qualificação profissional. O tempo do contrato será de seis meses.
Cada uma das unidades da rede municipal de ensino deverá manter três mulheres selecionadas para o projeto.
As vagas serão distribuídas entre unidades educacionais espalhadas pelas 13 Diretorias Regionais de Ensino (DREs). A secretaria de Educação reforçou que essas mulheres não substituirão os trabalhadores efetivos ou terceirizados que atuam nas unidades educacionais.
A Prefeitura de SP já recebeu 12 mil inscrições. As escolas podem receber as interessadas e ajudar nas inscrições, mas a orientação da Secretaria de Educação é que as mulheres façam o cadastro pela internet, para evitar aglomerações.
As inscrições vão até esta quarta-feira (17/2), as 18h, e devem ser feitas pelo site: http://www.bit.ly/potmulheres.
São pré-requisitos para aderir ao projeto ter mais de 18 anos, residir na cidade de São Paulo, estar desempregada há mais de quatro meses, não receber benefícios como seguro-desemprego e não ter renda familiar superior à metade do valor do salário mínimo.
Segundo a Secretária Municipal de Educação, o investimento total será de R$ 34,7 milhões.
A medida tenta melhorar a estrutura das escolas principalmente na questão de segurança contra Covid-19. A rede municipal retomou as atividades presenciais nesta segunda (15/2).
O retorno foi marcado por muitas críticas da comunidade escolar. Pais relatam o desespero das famílias, a falta de suporte às diretorias das unidades e o descaso da prefeitura na condução do processo.
Em toda a capital, ao menos 530 das 4 mil escolas da rede não reabriram nesta segunda porque não têm funcionários de limpeza – uma empresa terceirizada contratada pela prefeitura abandonou o contrato às vésperas da retomada das aulas.
Outras 50 ainda passam por obras e não puderam reabrir. Questionado sobre o atraso, após 11 meses de pandemia, o secretário municipal da Educação, Fernando Padula, culpou as chuvas e o excesso de burocracia que, segundo ele, atrapalham a administração pública.
Para manter parcialmente o ensino a distância, a prefeitura prometeu entregar 465 mil tablets com chips de internet para os alunos até dezembro do ano passado.
Entretanto, seis meses após a promessa ter sido feita, a Secretaria Municipal de Educação esticou o prazo e agora promete entregar os aparelhos até maio.
Com informações do G1