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Lideranças tucanas apresentam as motivações que construíram as Bandeiras Eleitorais 2020

Os sete temas, considerados prioritários para o PSDB-Mulher, deverão nortear as campanhas das pré-candidatas

Na última quinta-feira (13/08), às 19h, aconteceu o Painel PSDB Brasileiras/PSDB-Mulher: “Muito mais das Bandeiras Eleitorais 2020 – Mulheres nas Cidades”. O evento foi realizado por meio do canal oficial da Plataforma Digital do PSDB-Mulher 2020 no Youtube. O debate foi sobre as Bandeiras Eleitorais, que contém os princípios e o DNA do PSDB-Mulher. As bandeiras foram reformuladas e adaptadas à nova realidade da grave crise sanitária, decorrente da pandemia causada pela Covid-19.

Os sete temas, considerados prioritários para o PSDB-Mulher, deverão nortear as campanhas das candidatas tucanas, refletindo as principais preocupações da mulher brasileira. As Bandeiras Eleitorais estão dispostas em uma cartilha e também em um e-Book, ambas publicações gratuitas e de fácil acesso no site www.plataformapsdbmulher2020.com.br.

Mediado pela presidente Nacional do PSDB-Mulher, Yeda Crusius, o painel, que durou em torno de 1h40, contou com a participação da presidente de honra do PSDB-Mulher, Solange Jurema; com a coordenadora do PSDB-Mulher na Região Nordeste, Iraê Lucena; com a coordenadora do PSDB-Mulher na região Norte, Cecília Otto; com a presidente estadual do PSDB-Mulher em Santa Catarina e ex-prefeita de Camboriú/SC, Luzia Coppi; e com a vice-presidente do PSDB de Maceió, Adriana Toledo.

Conquistas do PSDB-Mulher

Ao iniciar o evento, a presidente Nacional do PSDB-Mulher, Yeda Crusius, destacou as conquistas do PSDB-Mulher ao longo dos anos. “O PSDB-Mulher é por lei o secretariado das mulheres do PSDB. Desde que nos formamos há 21 anos, nós conquistamos 5% do fundo partidário e 30% do fundo eleitoral. Devem ser usados dentro das regras do bom uso do dinheiro público para capacitar mulheres para a política. E assim temos feito e temos obtido o reconhecimento dos tribunais”, relembra.

Yeda Crusius destacou que em 2018, o fundo foi gerenciado pelo PSDB-Mulher, o que permitiu um crescimento nunca visto no protagonismo feminino na política. “No ano de 2018, pela primeira vez, foi criado um fundo eleitoral, que gerenciamos com a prestação de contas aprovadas. Elegemos o maior número de deputadas federais, crescemos em 60% a bancada federal, somos a maior bancada feminina da Câmara dos Deputados entre todos os partidos; elegemos uma senadora, Mara Gabrili, que tem transformado o Senado e a política; e crescemos em mais de 30% o número de deputadas estaduais eleitas. Mas ainda somos um pio”, enfatizou a presidente.

Segundo ela, a capacitação política sempre foi batalhada pelo Segmento. Várias parcerias foram realizadas ao longo dos anos para proporcionar cursos às mulheres tucanas, a exemplo da parceira com a Fundação Konrad Adenauer (KAS). “Não fizemos laranjas em 2018, e queremos repetir esse mérito este ano, por isso a Plataforma Digital do PSDB-Mulher 2020”, comentou Yeda, destacando que dentre os vários produtos que a Plataforma disponibiliza alguns deles é a cartilha “Bandeiras Eleitorais 2020 – Mulheres nas Cidades” e o Manual Voto Legal 2020.

Conectividade virtual

A presidente de honra do PSDB-Mulher, Solange Jurema fez uma retrospectiva das últimas eleições para destacar a importância das bandeiras atuais. “No séc. XX, o que caracterizada uma eleição eram ideologias. As pessoas se definiam nas campanhas por aquilo que elas traziam de propostas políticas, propostas reais de concretude e condução de governo. A última eleição no Brasil foi sui generis por ter usado uma metodologia completamente diferente do que até então foi feito, do modo de ser fazer política”, comentou.

Segundo Solange, a metodologia das últimas eleições foi baseada no uso das redes sociais, não pra divulgar ideias, mas para canalizar sentimentos. “A proposta era captar, por algoritmos, tudo o que as pessoas sentem de raiva insatisfação e frustração, e procurar traduzir isso para discursos radicais e líderes populistas, como foi o caso do nosso atual presidente. Isso já mudou radicalmente o panorama político do Brasil. Eram propostas do contra. Mudou para sempre a maneira de se fazer política. Aí veio a pandemia”, explicou a presidente de honra, destacando que a pandemia evidenciou que não é só de ódio que se faz política.

“A pandemia traz uma nova oportunidade para nossas mulheres. Se conseguirmos canalizar, demonstrar e transformar em uma onda positiva, a questão do cuidado, sairemos muito bem nas próximas eleições. Mostrando que, na verdade, as cidades precisam ser cuidadas, e ninguém melhor que as mulheres”, enfatizou Solange Jurema, relembrando que quando começou a quarentena da covid-19, se fez necessária a atualização das bandeiras baseadas na nova realidade. Para ela, a crise sanitária constatou que as estatísticas na saúde, a educação virtual, as instruções sobre o saneamento básico tiveram que usar a internet. “Não basta só ter essas prioridades de políticas sociais, é preciso também que se tenha a possibilidade de as pessoas estarem conectadas para terem acesso à política”.

Defenda a sua causa

A coordenadora do PSDB-Mulher na Região Nordeste, Iraê Lucena, relembrou como começou o debate das Bandeiras Eleitorais. “O PSDB-Mulher saiu na frente. Lá em fevereiro, março, quando nem exista pandemia, já discutíamos sobre o que iriam apresentar as nossas pré-candidatas agora nas eleições 2020. Nos reunimos, um grupo de mulheres, e pensamos nas bandeiras eleitorais”, recorda Iraê, destacando que toda candidata deve defender uma causa e ter uma plataforma política. “O mais importante para as pré-candidatas é que, assim que cheguem à vitória, tenham o compromisso de defender essas bandeiras que apresentaram durante a campanha”.

Iraê Lucena ajudou a construir uma parte da “Terceira Bandeira: Educação e Primeira Infância”, especialmente sobre a primeira infância, a fase de 0 a 6 anos. “Já diz James Heckman, vencedor do Nobel de Economia, investir em educação para a primeira infância é a melhor estratégia para o anticrime. E eu tenho investido muito nisso”, afirmou a coordenadora, sugerindo algumas temas apresentados na cartilha das Bandeiras.

Como chegar ao eleitor no pós-pandemia?

A coordenadora do PSDB-Mulher na região Norte, Cecília Otto, destacou que a pandemia veio mostrar o quanto somos frágeis e ainda não estamos preparadas. “Cabem a todas nós, dentro da sua realidade, fazer que as coisas aconteçam. Se nós buscamos melhoria em discurso, tem que ser na prática. Nós temos que fazer o agora. A Eleição 2020 faz essa provocação, nos faz repensar, como chegar ao eleitor o que pensamos”, afirmou, destacando que tudo isso foi discutido pelo grupo de trabalho do PSDB-Mulher.

“Como chegar aquele município que não tem internet? Como chegar a nossa candidata e dizer a ela que não vai ficar esquecida durante a campanha? Discutíamos se colocaríamos o rádio para funcionar, colocar pendrive para o material chegar. Com extrema maestria, a nossa presidente deu essa força total, fazendo com que essa Plataforma estivesse nas mãos de vocês. Aproveitem o momento e sintam-se acolhidas pelo PSDB”, enfatizou Cecília Otto, reiterando a importância de as pré-candidatas se capacitarem e se informarem por meio da Plataforma Digital.

Para ela, as bandeiras não são fundamentais para o PSDB, mas para a cidade de cada pré-candidata, para o eleitor saber o posicionamento da candidata. “Mostrem o que vocês pensam e o que vocês querem fazer. Essa é a nova política. Nosso eleitor precisa nos ver e nos conhecer”. Cecília ajudou a redigir uma parte da “Terceira Bandeira, sobre a Educação.

A importância de se pedir voto

A presidente estadual do PSDB-Mulher em Santa Catarina e ex-prefeita de Camboriú/SC, Luzia Coppi, afirmou que para fazer política é importante gostar de pessoas. “Você gosta de gente? De estar no meio das pessoas? Você sente o cheiro das pessoas? Você gosta de ajudar as pessoas, de doar, trazer toda essa família pra dentro do seu coração. Então você está preparada para a política”.

Luzia relembrou que muita coisa mudou com a pandemia, mas só ganha voto aquela que ainda o pede. “A maneira de fazer política não mudou, mudou a forma, por que não podemos mais abraçar. Mas só quem ganha política é quem pede o voto, e no máximo recebe um não. É acima de tudo ser sincera. Agora estamos de maneira virtual, mas amanhã estaremos na rua, por que você caminhar em sua cidade, usando todo o protocolo não é proibido, você fazer uma reunião virtual não é proibido. Usem a Plataforma. Aquilo é uma faculdade para a vida política”, estimulou.

Mulher: a reserva moral da política

A vice-presidente do PSDB de Maceió, Adriana Toledo, destacou que a pandemia não vai mudar tudo, mas não seremos as mesmas. “Uma coisa eu acho que continua marcante: o fortalecimento da democracia e a necessidade da participação social nas decisões públicas. Há uma grande crise de confiança com a política e os políticos. Nós ainda somos a reserva moral que existem dentro da política”, afirmou, explicando que abraçou a “Sexta Bandeira: Democracia Como Participação e Transparência”, sobre combate à corrupção, transparência de gastos públicos, orçamento participativo e improbidade administrativa.

Além disso, Adriana enfatizou a necessidade de lutar pelo compromisso dos 50/50, garantindo os espaços políticos em nível de igualdade, entre homens e mulheres. “Esse compromisso vem sendo capitaneado pela ONU no mundo todo, muitas prefeitas estão assinando, então temos que pedir que as nossas candidatas assumam também”. Segundo ela, é uma grande falácia dizer que as mulheres não querem participar da política. “O que falta em alguns diretórios é oportunidade. Sofremos muita dificuldade de chegar nas direções partidárias.”.

Se você perdeu este Painel PSDB Brasileiras/PSDB-Mulher, não tem problema! Assista a íntegra no site www.plataformapsdbmulher2020.com.br ou por meio do Canal Oficial da Plataforma no Youtube https://youtu.be/6U7lzUqiCkM.

Data da Notícia: 13/08/2020