A terceira reunião online do Comitê Pró-Economia, grupo dedicado a implementar ações capazes de ajudar na recuperação econômica da cidade pós-pandemia do novo coronavírus, foi marcada pela importância de identificar os moradores de Pelotas que não estão recebendo ajuda do governo federal. O grupo também se propôs a realizar levantamento do número de trabalhadores informais do município.
Durante a videoconferência, o professor de economia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), uma das entidades participantes do Comitê, Felipe Garcia, sugeriu a construção de uma ferramenta para realizar busca ativa das pessoas que não estejam recebendo o auxílio emergencial do governo, e que não tenham outro tipo de benefício, como o Bolsa Família.
“Sabemos que existem pessoas que foram demitidas, que estão recebendo seguro-desemprego, que outras sendo beneficiadas pelo auxílio emergencial pago pela Caixa Federal, mas existem aqueles que chamamos de ‘invisíveis’, que não têm cadastro para os programa sociais, e que também não fazem parte da população que mantém a renda. Eles estão no meio do caminho”, explicou o professor universitário.
A prefeita Paula Mascarenhas considerou a ideia importante, como ferramenta para auxiliar esses cidadãos, e solicitou ao secretário de Desenvolvimento, Turismo e Inovação, Gilmar Bazanella, a aproximação com a Caixa Federal para realizar um rastreamento dessas pessoas, a partir dos dados de quem já está cadastrado no programa implantado pelo governo federal devido à pandemia. “Essa iniciativa também poderá nos ajudar a estimar qual o valor injetado na economia local relacionado aos programas sociais, seja o de auxílio emergencial, seja o da Bolsa Família”, ressaltou.
Informais
O economista da UFPel também irá realizar um levantamento para estimar quantos trabalhadores informais Pelotas tem na atualidade. A pesquisa deve comparar dados do último censo, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010, com o número de pessoas beneficiadas pelo auxílio emergencial disponibilizado pelo governo federal para os trabalhadores informais.
“Vamos cruzar os dados e teremos uma estimativa de quantas pessoas vivem desse tipo de renda na cidade. Isso nos ajudará, inclusive, a informar aqueles que têm direito ao benefício, mas não sabem”, destacou Garcia.
Fonte: Prefeitura de Pelotas