O PSDB-Mulher realizou nesta quarta-feira (20) o IV Painel PSDB Brasileiras/PSDB-Mulher marcou a maioridade do segmento, que completou 21 anos no último dia 15 de maio. Sob o comando da presidente nacional, Yeda Crusius, o debate ao vivo foi transmitido pelo Youtube e contou com a participação de quatro das cinco mulheres que já presidiram o PSDB-Mulher: Marisa Serrano, Thelma de Oliveira e Solange Jurema.
Yeda Crusius
A presidente Yeda Crusius relembrou o início da história do segmento, que foi criado em maio de 1999, durante a 5ª Convenção Nacional do partido e como foi escolhida para ser a primeira presidente do Secretariado Nacional do PSDB-Mulher.
“Desde então, nós sabemos que temos que seguir regras. Andamos o Brasil fundando o PSDB-Mulher nos municípios e nos estados. As quatro presidentes do PSDB-Mulher tiveram plataforma de gestão. Naquela época [governo FHC] se enxergava um mundo que poderia ser melhor, mais justo, menos desigual, mais desenvolvido, e para isso acontecer era preciso a inclusão de todos. Nós éramos naquela época mais de 50%, continuamos a ser, mas não ocupávamos postos de poder, políticos. Desde então, a pauta mulher foi levado por nós para dentro do partido com apoio de lideranças”, ressaltou.
Nestes 21 anos de história, as tucanas trabalharam incansavelmente para ampliar a presença feminina na organização política do PSDB no país. Yeda ressaltou o empenho do PSDB-Mulher para combater as “candidatas laranjas”.
“Enfrentamos todos os problemas a ponto de até hoje não sermos 30% das eleitas, apesar da existência da cota. Sabemos do problema das laranjas como ficou patente nas eleições de 2018, mas o PSDB-Mulher prima e é reconhecido no meio político como o partido que não tem laranjas. Esse é o trabalho do PSDB-Mulher. Esse é o trabalho de um segmento organizado que se baseia em valores absolutamente consonantes com o PSDB Nacional com o desejo que sejamos uma sociedade parlamentarista, mais justa, livre, menos desigual”, observou Yeda.
Ao apresentar suas convidadas para o IV Painel PSDB Brasileiras, Yeda ressaltou o importante papel que cada uma delas teve nas conquistas do segmento. “Sempre fomos parte de uma rede, que não é uma rede pequena. É uma rede mundial. Nós batalhamos por mais mulheres na política. E mais mulheres na política, muda a política para melhor. Os homens que votam em nós sabem disso, apoiam e afirmam. O nosso painel é histórico!”, frisou Yeda, alertando que o conceito de democracia liberal está a perigo.
Marisa Serrano
Marisa Serrano, ex-deputada federal, ex-senadora e Conselheira do Tribunal de Contas do MS, presidiu o PSDB-Mulher entre os anos de 2004 a 2006. Ela relembrou o histórico de capacitação para mulheres oferecido pelo segmento às tucanas.
“O trabalho interno do PSDB é fundamental. Nós mantemos a nossa rede de mulheres tucanas participando ativamente da política. Além disso, sempre investimos na capacitação das nossas tucanas para ingressarem na política. Fizemos encontros, seminários e no meu mandato, lançamos o primeiro manual para candidatas e o caderno de formação política para ajudar as nossas mulheres a ter condições de enfrentar com mais facilidade da vida política”, contou.
Thelma de Oliveira
Atual prefeita da Chapada dos Guimarães (MT), Thelma presidiu o PSDB-Mulher de 2008 a 2013 e ajudou a estruturar o secretariado nos estados e municípios. “Uma das preocupações que eu tinha quando assumi meu mandato era o fato de não compormos os diretórios na maioria dos municípios e dos estados, além da nacional. Foi aí que iniciamos uma luta para garantir 30% dos cargos internos do partido às mulheres, fosse nos diretórios ou na executiva, para que pudéssemos ter uma representatividade interna”, relembrou.
Ela lembrou ainda o lançamento da Medalha Ruth Cardoso, em 2009, que foi criada para homenagear mulheres, homens ou instituições que contribuem para a erradicação da pobreza e o avanço das conquistas das mulheres. “Eu quero lembrar uma frase que Ruth Cardoso sempre utilizou. Não se pode falar em democracia enquanto não houver igualdade de participação política de homens e mulheres. Essa é uma luta que estamos até hoje para levar mais mulheres para o poder”, destacou.
Solange Jurema
Primeira ministra da Secretaria Nacional da Mulher no Governo de Fernando Henrique Cardoso, Solange Jurema presidiu o PSDB-Mulher de 2013 a 2017. Ela que atualmente ocupa a presidência de honra do segmento, destacou a importância da união entre as tucanas. Na sua opinião, o reflexo disso desponta nos resultados obtidos nas últimas eleições.
“Estamos maduras. Demostramos isso nas eleições de 2018 quando todos os partidos não esperavam ter a garantia dos 30% para as mulheres, e o PSDB foi um dos poucos partidos que estava preparado para usar bem os recursos de 30%. Nós dobramos o número de deputadas federais e elegemos a nossa senadora Mara Gabrilli (SP), graças a um PSDB-Mulher estruturado. Novamente demonstramos maturidade e partimos na frente em um momento em que os partidos estão perplexos sem saber como fazer campanha. O PSDB-Mulher mais uma vez saiu na frente fazendo essa capacitação à distância”, destacou.
Assista a íntegra do Painel: