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Serão necessários 2 séculos para reduzir diferenças salariais entre homens e mulheres

Fotos: Abr

As desigualdades salariais entre homens e mulheres diminuíram timidamente neste ano em comparação com 2017, e serão necessários mais de dois séculos para alcançar a igualdade no mundo do trabalho. A conclusão do relatório do Fórum Econômico Mundial (WEF).

No ritmo atual, as desigualdades entre homens e mulheres na maioria das áreas não serão eliminadas antes de pelo menos 108 anos. E também levará 202 anos para reduzir a diferença no trabalho, destacou o WEF.

O relatório anual sobre paridade examina a situação em 149 países em quatro setores: educação, saúde, política e o mundo do trabalho. O Brasil caiu 5 posições no ranking de 2018 na comparação com o ano passado, e ficou na 95ª posição.

Dos quatro subíndices avaliados, apenas a participação econômica e oportunidade teve uma leve redução na desigualdade, atingindo 41%. Os demais ficaram estáveis: empoderamento político (77,1%), educação (4,4%) e saúde (4,6%).

Chefias

Quanto às mulheres em cargos de gerência, apenas 34% no mundo são mulheres. Mas o estudo mostra que agora há proporcionalmente menos mulheres do que homens no mercado de trabalho, especialmente por causa do impacto da automação de empregos tradicionalmente ocupados por mulheres.

Paralelamente, as mulheres estão sub-representadas em setores de atividades em crescimento que precisam de habilidades e conhecimentos em ciência, tecnologia, engenharia e matemática.

A situação de igualdade difere de acordo com países e regiões. Embora seja provável que os países da Europa Ocidental acabem com a diferença de gênero nos próximos 61 anos, no Oriente Médio e no Norte da África, serão necessários 153 anos, diz o WEF.

Líderes

Mais uma vez, os países nórdicos são aqueles que ocupam as primeiras posições do ranking. A maior paridade é encontrada na Islândia, Noruega, Suécia e Finlândia. Entre os países com as maiores diferenças entre homens e mulheres estão a Síria, o Iraque, o Paquistão e o Iêmen.

Entre as 20 maiores economias do mundo, a França lidera a lista, no décimo segundo lugar, seguida pela Alemanha (14), Reino Unido (15), Canadá (16) e África do Sul (19). Os Estados Unidos continuam a retroceder, passando da posição 49 para a 51. O relatório revela “um declínio na paridade homem-mulher nos postos de ministros”.

*Com informações da France Press e do G1.