Após a presidente nacional do PSDB-Mulher, Yeda Crusius, dar início ao seu planejamento estratégico para as eleições de 2020 em julho passado_ durante wokrshop promovido em parceria com a Fundação Konrad Adenauer (KAS) e o Instituto Teotônio Vilela (ITV)_, as presidentes estaduais do segmento deram sequência a ação. Treinamentos e cursos de capacitação, bem como debates, estão acontecendo em todo o país.
Depois de participar de sessão solene na Câmara Municipal de Sorocaba (SP) em comemoração aos 20 anos do PSDB-Mulher, na última sexta-feira (20), Yeda participou de reunião promovida pela presidente estadual do segmento em São Paulo, Edna Martins.
“Yeda representa essa luta pela ampliada da participação das mulheres”, observou Edna que tem promovido encontros em todo o estado na busca de novas lideranças femininas para as eleições de 2020.
A deputada estadual Maria Lúcia Amary (SP), que deve disputar as eleições para a prefeitura de Sorocaba, acrescentou que: “Evento muito participativo em Sorocaba. Obrigada, presidente Yeda Crusius que valorizou nosso evento”.
Yeda Crusius também se reuniu com o deputado federal Vítor Lippi, médico, ex- prefeito de Sorocaba por dois mandatos e que fez questão de participar da homenagem aos 20 anos do PSDB-Mulher.
Mais prefeitas e vereadores
A meta do PSDB-Mulher é aumentar o número de prefeitas e vereadoras no próximo ano. Um novo desafio para o segmento, que em 2018 conseguiu aumentar a bancada feminina do PSDB 60% na Câmara e 33% nos estados. Hoje o partido tem a maior bancada feminina entre todos os partidos da Câmara.
Ampliar a participação feminina na política, no entanto, não é uma tarefa fácil, nem mesmo com a cota de 30% nas eleições proporcionais. Só no ano passado, essas candidatas tiveram a garantia de que receberiam 30% dos recursos do Fundo Eleitoral, graças a uma decisão histórica do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em palestra, a vereadora de Piracibacaba (SP), Nancy Mendes Thame, mostrou em números a longa distância que as mulheres terão de percorrer para chegar à média mundial de legisladora identificada pela União Inter-Parlamentar em 2017, de 23,5%.
A comparação feita União Inter-Parlamentar em 2017, entre 193 nações, mostra como o Brasil destoa nesse cenário. Pior, caiu do 116º lugar para 151º posto. Mesmo as mulheres sendo a maioria da população brasileira.
Aliás, elas representam quase 45% do total de filiados aos partidos políticos no país, mas na Câmara dos Deputados e no Senado ocupam apenas 15%. Isso, embora a Câmara tenha eleito a maior bancada feminina da história da Casa, com 77 deputadas.
Conquistas
Dentro do PSDB, o PSDB-Mulher sobreviveu com louvor ao tsunami que abateu a legenda no ano passado. Justiça seja feita ao então presidente nacional do partido, Geraldo Alckmin, determinar que a primeira legenda a destinar 30% dos recursos do Fundo Eleitoral para as campanhas femininas, conforme determinou o Tribunal Superior Eleitoral.
O fato é que o aumento das mulheres na política garante maior foco a políticas públicas que visem a justiça social. Novas conquistas virão com uma mudança cultural que já começou pelo mundo, que garantem às mulheres o mesmo espaço que o homem.
Essa é uma luta relativamente recente. Haja visto que a primeira prefeita do Brasil e da América Latina, Luzia Alzira Teixeira Soriano, foi eleita em 1928, há 91 anos. A primeira deputada federal há 85 anos, em 1934, e a primeira senadora há apenas 40 anos, em 1979.
Sorocaba
Foi concorrida a sessão solene promovida pela Câmara Municipal de Sorocaba em comemoração aos 20 anos do PSDB-Mulher, proposta pelo vereador tucano Anselmo Neto. Além de Yeda, participaram a deputada estadual Maria Lucia Amary, e as presidentes do PSDB-Mulher estadual, Edna Martins, e municipal, Patricia Rosa. Além da ex-prefeita Fátima Guimarães, de Itajú, a 1ª Secretaria Nacional PSDB-Mulher, Angela Sarquiz, e Marina.
*Texto Adriana Vasconcelos.