As manifestações do 8 de março, Dia Internacional da Mulher, foram outra vez o símbolo mais visível da mobilização feminista na Espanha. Os protestos chegaram a reunir em Madri, de acordo com as autoridades locais, de 350.000 a 375.000 pessoas e 220.000 em Valencia. No caso de Barcelona, a Guarda Urbana estimou em 200.000 os participantes.
Segundo reportagem do jornal El País, mulheres foram às ruas contra a violência machista e por direitos em vários outros países do mundo, entre eles, na Argentina —onde a bandeira pelo aborto legal lotou as ruas de Buenos Aires—, e no Brasil, que cobrou justiça por Marielle Franco, assassinada há quase um ano.
Em 2018, 158.590 mulheres foram vítimas de violência machista na Espanha. Sete de cada 10 denúncias acabaram em condenação, de acordo com o Observatório contra a Violência Doméstica e de Gênero. No próprio dia 8 de março, um octogenário matou sua mulher com um tiro em Madri.
A desigualdade trabalhista, em todos os seus formatos, também está entre os 1.000 motivos de queixa feitas pelas mulheres nas ruas na última sexta-feira. E em setores com maior presença feminina, como a enfermagem, é ainda mais chamativo.
*Com informações do El País