Famílias separadas na fronteira dos Estados Unidos com o México em 2018 abriram um processo nesta segunda-feira(11) contra o governo do presidente americano, Donald Trump, pelo trauma causado pela aplicação da política de “tolerância zero” no limite sul do país.
A guatemalteca Elena, mulher de 35 anos que foi separada do seu filho de 12 anos em março de 2018, após cruzar afronteira no Estado do Arizona está entre as pessoas que fazem parte do processo.
De acordo com o processo judicial, Elena e seu filho Luís tiveram de deixar a Guatemala depois que um grupo ameaçou ambos de morte se o menor não se juntasse a eles. Elena e Luis passaram dois dias com mais 20 pessoas em um “refrigerador”, um quarto com temperaturas muito baixas no qual a Patrulha Fronteiriça (CBP, na sigla em inglês) mantém detidos os imigrantes que acaba de prender. Ambos denunciaram que só receberam uma sopa fria para comer e não havia camas para dormir.
No dia seguinte, as autoridades o levaram para um centro de detenção em Nova York, a mais de 4 mil quilômetros de distância de sua mãe. Segundo o relato, Elena e Luís estiveram separados durante 77 dias.
A medida conhecida como “tolerância zero”, que o governo de Trump começou a implementar em maio, colocou os pais sob custódia penal e as crianças foram levadas para refúgios financiados com fundos federais supervisionados pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos.
O plano promoveu a separação de quase 3 mil famílias, de acordo com dados oficiais.
*Com informações do Estadão