
Dados da Pnad Contínua, pesquisa domiciliar do IBGE de abrangência nacional e que contabiliza empregos formais e informais mostram que o Brasil encerrou o mês de novembro com 12,2 (11,6%) milhões de desempregados. Em relação a agosto, quando a taxa era de 12,1%, o resultado teve queda de 0,5% e, em comparação ao mesmo período do ano passado, queda foi de 0,4%.
Os números representam 364 mil pessoas desocupadas a menos em de 2017 para 2018. Os dados têm melhorado desde o ano passado devido ao aumento dos trabalhos informais, que crescem à medida que postos com carteira de trabalho assinada são reduzidos.
A quantidade de pessoas que está de fato em um trabalho, informal ou não, chegou a 93,1 milhões no trimestre que se encerrou em novembro, crescimento de 1,1 milhão de pessoas em comparação ao trimestre anterior. No período de um ano, houve aumento de 1,2 milhão de pessoas empregadas.
Normalmente a taxa de desemprego é menor nos últimos meses do ano, principalmente, pelas contratações do comércio e da indústria para as vendas de final de ano. Em 2018, as contratações tiveram impulso desde as eleições, em setembro e outubro e da Black Friday, em novembro.
De acordo com coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, parte significativa desses postos eram informais. “São pessoas contratadas para trabalhar em comitês políticos, como cabos eleitorais ou até em institutos de pesquisa de opinião. A maioria era de contratos temporários sem carteira assinada”, afirmou.
No trimestre encerrado em novembro os trabalhadores sem carteira assinada foram 11,6 milhões, aumento de 4,5% (498 mil pessoas) em relação a agosto. Em relação a 2017, foram criadas 522 mil vagas sem carteira. Já os trabalhadores por conta própria, que são autônomos sem funcionários, finalizaram novembro em 23,8 milhões de pessoas, crescimento de 2,3% (528 mil pessoas). Se comparado entre os anos, 771 mil passaram para essa condição agora.
O número de trabalhadores com carteira assinada no final de novembro foi de 33 milhões de pessoas, não variou na comparação com o trimestre anterior. Somente 6 mil vagas registradas foram criadas no período. Em relação a 2017, houve uma pequena alta, de 0,8% (256 mil pessoas).
Também no fim de novembro a população subutilizada atingiu 27 milhões de pessoas, contingente que teve queda de 478 mil pessoas na comparação com os três meses até agosto (queda de 1,7%). O número de desalentados no mesmo período foi de 4,7 milhões, retração de 1% (48 mil pessoas) em relação ao trimestre iniciado em julho. No entanto, na comparação anual, os desalentados cresceram em 426 mil pessoas, um aumento de 9,9% no período.
*Com informações do Jornal Folha de S.Paulo