
Os últimos meses do ano do PSDB-Mulher foram de muita dedicação e empenho. Em setembro, véspera das eleições, o trabalho da Comissão Eleitoral do PSDB-Mulher seguiu a todo vapor. Até o dia 12, cerca de 70% das candidatas tucanas já tinham recebido a primeira parcela dos recursos do Fundo Eleitoral. Por decisão desta Comissão, todas as candidatas beneficiadas pelos recursos do Fundo Eleitoral receberam orientações sobre a importância da prestação de contas e tiveram o apoio de uma empresa de contabilidade.
Em outubro, nas eleições, o PSDB-Mulher finalmente colheu os frutos de todo o seu trabalho do ano. A bancada tucana feminina na Câmara dos Deputados cresceu 60% em comparação a eleição de 2014, saltando de cinco para oito deputadas. Nas Assembleias Legislativas, o aumento foi de 30%, 16 deputadas estaduais foram eleitas. A eleição de Mara Gabrilli para o Senado fechou o desempenho eleitoral com chave de ouro. Após cumprir dois mandatos como deputada federal, Mara foi eleita com mais de 6 milhões de votos.
No fim de outubro a deputada Yeda Crusius ocupou a tribuna para fazer um balanço sobre os seus 30 anos de vida pública e também sobre o desempenho do PSDB nas eleições gerais. Na avaliação da atual presidente nacional do PSDB-Mulher, a redução da bancada tucana na Câmara Federal (de terceira maior para a nona colocação com 29 deputados) além do quinto lugar na disputa presidencial, exige do partido uma total reestruturação se não quiser deixar de ser relevante no cenário político nacional.
Na ocasião, Yeda também lembrou que o início de sua trajetória na política coincidiu com a criação do PSDB. Ela destacou que seu trabalho sempre foi pautado pelos valores definidos naquela época. “No dia 25 de junho deste ano o PSDB completou 30 anos e o PSDB-mulher, que eu ajudei a formar e a fundar, completou 20. O PSDB foi feito pelo ideário de muitos líderes e eu vou citar somente dois que já nos deixaram: Mário Covas e André Franco Montoro. Aqui nessa Casa nasceu o partido por força de uma decisão de uma Constituinte”, recordou.
Emocionada, a presidente do PSDB-Mulher ressaltou no seu pronunciamento a alegria de ter representado mais uma vez o Rio Grande do Sul como deputada. “Considero esta etapa como deputada federal, no meu 4º mandato, completada. E por isso a minha felicidade, porque eu tive a oportunidade, pelo voto popular, sequencialmente desse 1994, de exercer funções no Legislativo Federa e também como governadora, enfrentando diversas eleições como estas do último domingo”, disse.
Já em novembro na primeira reunião da coordenação Executiva do Secretariado Nacional do PSDB-Mulher com a nova bancada feminina do partido na Câmara e Senado, o nome Yeda Crusius foi lançado para a Presidência Nacional do PSDB. A ideia foi proposta pela senadora eleita Mara Gabrilli. Ela destacou que Yeda é um ponto pacífico em meio à reestruturação do partido diante dos resultados garantidos pelo PSDB-Mulher nas eleições de 2018.
Ainda na reunião da Coordenação Executiva e das Coordenadorias Regionais, Yeda apresentou um balanço do trabalho desenvolvido pelo segmento durante o ano. O resultado foi considerado histórico.
Em 2018, as mulheres do PSDB fizeram a diferença dentro do partido. Em 2019 superando preconceitos e sendo resistência, prepararam-se para ocupar seu lugar de direito, investindo em capacitação e se organizando. Em sintonia com as vozes das ruas, assim como os fundadores da legenda em 1988, estão dispostas a lutar para colocar uma mulher na presidência do partido e a trabalhar pela pacificação interna do PSDB.
Reportagem Karine Santos, estagiária sob supervisão