
De acordo com relatório global sobre disparidade de gênero de 2018 do Fórum Econômico Mundial, as diferenças nas oportunidades econômicas, como a desigualdade salarial entre homens e mulheres, são tão grandes que vão ser necessários 202 anos para que sejam eliminados completamente. O relatório divulgado na terça-feira (18) faz uma análise de vários indicadores de igualdade entre homens e mulheres.
Em relação ao ano passado, o avanço foi mínimo. A desigualdade de gênero no trabalho, na educação, na saúde e na política de forma geral melhorou menos de 0,1%. O setor que vai levar mais tempo para obter igualdade é a oportunidade econômica baseada na participação, remuneração e no avanço na força de trabalho.
“O que se observa globalmente é que nenhum país atingiu a igualdade de gênero, independentemente do nível de desenvolvimento, da região e do tipo de economia. A desigualdade de gênero é uma realidade em todo o planeta, e estamos vendo isso em todos os aspectos da vida das mulheres”, disse Anna-Karin Jatfors, diretora regional da ONU Mulheres, ao jornal Valor.
Para Anna-Karin, “202 anos é um tempo de espera longo demais” para a equidade econômica. Ela ressalta que os governos podem ajudar a estimular melhorias com políticas de remuneração igualitária e investimento na infraestrutura de cuidados para pais e idosos, além de conceder às mulheres proteções jurídicas, como segurança no emprego durante a gravidez.
Os países com pior desempenho estão no Norte da África e no Oriente Médio, diz o Fórum Econômico Mundial. Pelo décimo ano consecutivo a Islândia ficou em primeiro, com o melhor desempenho, o país é o que o mais empodera mulheres na política, área em que a diferença de gênero é a mais ampla globalmente. Apenas 34% dos gestores globais são mulheres, e as diferenças de renda têm sido “particularmente persistentes”.
*Com informações do Jornal Valor