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Raquele Nasseralla defende conscientização da sociedade sobre comportamento online

A Coordenadora Regional do PSDB-Mulher Norte e vice-presidente do PSDB de Rio Branco (AC), Raquele Nasseralla, analisou um estudo feito pela ONG Anistia Internacional revelando que, em média, as mulheres utilizadas como objeto de estudo eram alvo de mensagens ofensivas ou abusivas a cada 30 segundos no Twitter.

“A Internet infelizmente é ‘terra de ninguém’ e as pessoas acham que podem difamar e agredir pessoas online impunemente. Eu sou a favor de algum tipo de regramento para essas situações”, afirmou.

Segundo reportagem do UOL, mais de 6,5 mil voluntários de 150 países montaram a “Patrula Troll”, que filtrou 288 mil tuítes direcionados a 778 políticas e jornalistas dos Estados Unidos e Reino Unido em 2017. A pesquisa calculou que 1,1 milhão de mensagens abusivas foram escritas em todo o ano para as mulheres estudadas. Na média, foi um tuíte a cada 30 segundos.

“Alguns comentários preconceituosos são replicados por outras pessoas e acabam conseguindo um alcance enorme. É preciso desencorajar esse tipo de atitude e começar uma conscientização da sociedade sobre o comportamento online. Temos que ser educados também no ambiente virtual”, completou.

Na opinião da tucana, o Twitter é um lugar onde racismo, misoginia e homofobia estão autorizados a acontecer sem controle. No entanto, ela acredita que no futuro existirá alguma espécie de normatização pra agressões na web.

Racismo

A pesquisa revela dados ainda mais chocantes se considerada a cor da pele das jornalistas ou políticas. Mulheres negras, asiáticas e latinas tinham uma probabilidade 34% maior de receberem ofensas do que mulheres brancas. A situação mais crítica é a das mulheres negras, atacadas, em média, a cada um de dez tuítes – para as brancas, a frequência era de um a cada 15.

A Anistia Internacional afirma que o objetivo da pesquisa não é forçar que o Twitter remova o conteúdo ofensivo, mas pede transparência da rede social, especialmente sobre como ela usa aprendizado de máquina para detectar abusos. A ONG espera que os resultados da pesquisa incentivem que a empresa mude sua abordagem sobre o tema.

Reportagem Tainã Gomes de Matos com informações do UOL