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Luzia Coppi defende a participação masculina nas ações por igualdade de gênero no Brasil

A coordenadora do PSDB-Mulher da Região Sul, Luzia Coppi (SC), analisou o relatório sobre disparidade de gênero elaborado pelo Fórum Econômico Mundial e publicado nesta segunda-feira (17). O documento revela que o Brasil caiu cinco colocações e recuou para a 95ª posição no ranking de desigualdade entre homens e mulheres, mantendo a lacuna entre os sexos no maior nível desde 2011.

No ranking geral, o Brasil aparece com 0,681 ponto, em uma escala que vai de zero a um —quanto mais próximo de um, mais paritário. O índice computa resultados de 149 países e busca analisar o progresso obtido na igualdade de gênero em quatro dimensões temáticas: oportunidade econômica, empoderamento político, nível educacional e saúde e sobrevivência.

Para Luzia Coppi, a desigualdade é uma questão cultural que deve ser levada a sério e trabalhada nas salas de aula. “Nós temos que investir na educação. Se fomos visitar o passado, nós estamos sim avançando, mas a passos muito lentos. É preciso mais trabalho, mais união, mais coragem dos líderes para tratar esse assunto com mais seriedade”, afirmou.

Ainda segundo a pesquisa, em indicador que mostra a participação na força de trabalho e igualdade salarial por trabalho semelhante pais caiu para 132ª colocação. No Brasil, o maior responsável pela piora no ranking na comparação anual foi o subíndice de oportunidade econômica —o país despencou nove posições, do 83º lugar para o 92º.  Também houve recuo em empoderamento político, subíndice no qual o Brasil caiu do 110º posto para o 112º.

O país aparece na 139ª posição quando a questão é mulheres ocupando posições ministeriais e na 126ª no que diz respeito à presença feminina no Congresso –estava na 121ª em 2017.

Homens

Na opinião da tucana, uma das soluções possíveis para o problema é a efetiva participação masculina nas campanhas pela igualdade. “Nós tínhamos que achar um jeito de fazer com que os homens também  trabalhem por esta causa, que eles também  defendam a igualdade. Condições igualitárias não são boas apenas para as mulheres, mas para toda a sociedade”, concluiu.

Reportagem Tainã Gomes de Matos