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Tucana defende investimento em testes vocacionais para manter profissionais no mercado de trabalho

Eleita deputada estadual pelo Amazonas, a professora Therezinha Ruiz, analisou o levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que mostra que o número de brasileiros que concluíram o ensino superior e estão trabalhando fora de sua área de atuação aumentou neste ano. Entre os jovens, esse grupo teve acréscimo de seis pontos percentuais e já representa 44,2% do total de formados. Se consideradas todas as idades, a parcela é de 38%, o maior patamar desde o início da série histórica, em 2012.

A pesquisa mostra ainda que, além de não estarem empregados em suas áreas de formação, profissionais mais qualificados não estão sendo remunerados como esperavam. Eles ganham 74% menos do que o diploma permitiria.

“Esse fenômeno ocorre porque os adolescentes têm que escolher cada vez mais cedo a área de atuação e também porque a economia não consegue gerar emprego para pessoas que têm nível superior”, disse Therezinha.

Entre o primeiro trimestre de 2012 e o terceiro trimestre deste ano, o número de trabalhadores com ensino superior completo avançou de 13,1 milhões para 19,4 milhões. Ainda de acordo com o estudo do Ipea, a população ocupada com diploma é a única que apresenta taxas positivas de expansão a cada ano desde 2012. Mas nem sempre trabalham no que gostariam e também não recebem o salário que desejavam quando ingressaram na faculdade.

A tucana afirmou que o fato da população estar mais escolarizada é motivo para comemoração, mas voltou a defender o correto direcionamento dos jovens levando em consideração as aptidões e habilidades que já demonstram ao final do ensino fundamental.

“Quando eu fui deputada pela primeira vez coloquei em pauta um projeto sobre teste vocacional. Ele deve ser aplicado no final do ensino fundamental, no 9º ano, para que ele já faça o ensino médio dentro das matérias correlatas da área que o estudante quer”, explicou.

Therezinha acredita que em 2019 o cenário do mercado de trabalho deve melhorar. “Este ano foi marcado por conturbações políticas e econômicas, como as eleições e a greve dos caminhoneiros. Muita coisa vai mudar ano que vem”, previu.

Reportagem Tainã Gomes de Matos com informações do Estadão