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Terezinha Nunes defende fim dos benefícios e urgência na aprovação reforma da previdência

A presidente do PSDB-Mulher de Pernambuco, Terezinha Nunes, analisou os estudos sobre os principais desafios do país divulgado nesta quarta-feira (5) pelo Ministério da Fazenda revelando que o sistema previdenciário do Brasil paga 12 vezes mais para os mais ricos do que para os mais pobres. A pesquisa considerou os benefícios do INSS e os dos servidores públicos.

“Essa questão dos números que foram divulgados demonstra o que todos nós já sabíamos. Hoje a previdência atende muito mais a uma casta de privilegiados do que a população em geral”, disse.

Para a tucana, é muito importante a divulgação desses dados para que a população tome conhecimento do que está acontecendo com a previdência. “É preciso que se faça uma mudança com urgência para acabar com os benefícios”, acrescentou.

De acordo com o relatório, de todos os benefícios previdenciários, só 3,3% vão para a parcela mais pobre da população. Isso equivale a R$ 17,8 bilhões. Enquanto isso, os mais ricos ficam com 40,6% do bolo – ou seja, 12 vezes mais -, o que representa R$ 243,1 bilhões.

Terezinha Nunes acredita que uma das soluções para a previdência e acabar com a desigualdade é focar nas mudanças das regras de acesso, principalmente entre servidores públicos e aposentados da iniciativa privada.

Reforma fatiada

O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou também nesta quarta-feira (5) que pretende fatiar a reforma da previdência e colocar em votação um projeto de reforma nos primeiros seis meses de seu governo. Essa seria uma estratégia para facilitar a aprovação devido a resistência que e ele encontrará no novo governo.

“Eu acho que está claro que a reforma da previdência é muito difícil de ser aprovada. Ele [Bolsonaro] vai encontrar muita resistência então se ele já está falando em desmembrar a proposta é porque agora ele tomou conhecimento do tamanho do desafio”, opinou.

A tucana não acredita que fatiar a reforma da previdência seja uma boa estratégia e prevê que este é apenas um dos muitos problemas que o novo presidente encontrará pelo caminho.  “Bolsonaro falou muito. Tentou fazer alguma coisa com o Temer e não conseguiu. Ele poderia ter negociado com o Temer pelo menos essa questão da idade. Não conseguiu. Bolsonaro está caindo na realidade que nem tudo que ele prometeu ele vai conseguir fazer”, concluiu.

Reportagem Tainã Gomes de Matos