O ministro dos Direitos Humanos, Gustavo do Vale Rocha, manifestou esta semana preocupação sobre os rumos das políticas do setor durante o governo do futuro presidente do país, Jair Bolsonaro. Rocha destacou que os temas relacionados aos direitos humanos pertencem a todos, não a uma ou outra ideologia. Ele ainda ressaltou que os vulneráveis devem ter os direitos assegurados. A presidente de honra do PSDB-Mulher, Solange Jurema (AL), concorda com o ministro. A tucana salienta que, infelizmente, hoje há uma distorção do que de fato são os direitos humanos.
“Existe uma visão muito equivocada e perpetuada de que direitos humanos são para defender bandido. E muita gente acha que não é tão importante assim garantir os direitos humanos. No entanto, os direitos humanos são a base da democracia. É garantir que as pessoas tenham seus direitos individuais assegurados. É muito preocupante que algumas pessoas não tenham essa visão.”, frisou Solange Jurema.
A tucana afirmou ainda que o mundo tem passado por transformações preocupantes, que afastam a população da visão do quanto é importante assegurar o direito do outro.
“A humanidade está vivendo um momento de muito individualismo, não só no Brasil. As pessoas não enxergam que para ter o seu direito assegurado e ter uma vida boa, é preciso que as outras pessoas também tenham seus direitos assegurados e respeitados. O respeito é a base da cidadania e do bem-estar da população.”, disse.
Os direitos humanos incluem o direito à vida e à liberdade, à liberdade de opinião e de expressão, o direito ao trabalho e à educação, entre e muitos outros. Todos merecem estes direitos, sem discriminação. Sob esta perspectiva, cada ser humano pode desfrutar de seus direitos sem distinção de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outro tipo, origem social ou nacional ou condição de nascimento ou riqueza.
Desde o estabelecimento das Nações Unidas, em 1945 – em meio ao forte lembrete sobre os horrores da Segunda Guerra Mundial –, um de seus objetivos fundamentais tem sido promover e encorajar o respeito à dignidade humana para todos e este ano estão sendo comemorados os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Para destacar o que a Declaração significa para as pessoas em sua vida diária, as Nações Unidas lançaram, em 10 de dezembro do ano passado, Dia dos Direitos Humanos, uma campanha que terá fim no próximo dia 10, um ano depois do seu início, com três objetivos centrais: promover, envolver e refletir. A intenção é promover em todo o mundo a compreensão sobre como a Declaração Universal empodera a todos, e para motivar mais reflexão sobre as formas como cada um pode defender os direitos, todos os dias.
O ministro Gustavo Rocha informou que, ao longo dos próximos dias, banners contendo artigos da declaração serão afixados em todos os prédios da Esplanada dos Ministérios.
Reportagem: Shirley Loiola