Pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgada na última quarta-feira (31) apontou que as mulheres negras estão 50% mais vulneráveis ao desemprego do que outros grupos. Segundo o Ipea, a taxa de desemprego entre mulheres negras é 80% superior àquela encontrada antes do início da recessão de 2015-2016.
“Ainda há preconceito no nosso país. Diante disso, os negros ficam bastante intimidados.”, disse Tetê Santos, membro do Secretariado Nacional do PSDB-Mulher, ao constatar que o preconceito ainda predomina no Brasil.
Entre homens brancos, a variação no período foi de 4,6%. Já entre negros do sexo masculino, o desemprego cresceu 7% no mesmo período. Os jovens de 18 a 29 anos estão entre os mais afetados, com uma relação de 1,7 % em relação à taxa geral de desemprego. Ou seja, a cada um ponto percentual de aumento na taxa de desemprego, há um avanço de 1,7% na desocupação desta faixa etária. Na faixa etária de 30 a 64 anos, a relação é de 0,7%, segundo o Ipea.
“Deve existir um processo de conscientização sobre o papel da mulher enquanto cidadão. A mulher é capaz e poder ir além das responsabilidades de casa. O governo deve trabalhar políticas públicas que reduzam o preconceito em todos os aspectos e promover a inclusão social.”, afirmou Tetê.
O levantamento distingue os dados entre homens brancos e negros, mulheres brancas e negras.
*Reportagem: Shirley Loiola