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Pela primeira vez na história, uma mulher será presidente da Etiópia

Reuters

Aos 68 anos, Sahle-Work Zewde foi eleita presidente da Etiópia, primeira mulher a ocupar o posto em toda história do país. Em uma sessão conjunta entre as duas Câmaras do Parlamento, ela foi nomeada nesta quinta-feira (25) após Mulatu Teshome, seu antecessor, ter renunciado.

Atualmente, ela é a única mulher presidente de um país africano. Em sua carreira como diplomata foi representante da ONU (Organização das Nações Unidas) na União Africana e também serviu com embaixadora da Etiópia na França, Senegal e Djibuti. Pertencente a à etnia Amhara, Sahle-Work considera “exemplar” a transferência de poder da Etiópia e pretende reunir todos para alcançar a paz no país que sofre com vários conflitos étnicos.

“Precisamos nos tornar uma sociedade que rejeita a opressão das mulheres. Peço a todos vocês que defendam nossa paz, em nome de uma mãe, que é a primeira a sofrer com a ausência de paz”, disse em seu discurso no Parlamento, logo após fazer o juramento de posse.

Diferente do Brasil, em que o presidente tem poderes executivos, na Etiópia o presidente da República tem valor representativo. Dois dias antes da nomeação de Zewde, o primeiro-ministro Abiy Ahmed aprovou uma reforma também histórica. Ele estabeleceu que metade dos integrantes do governo devem ser mulheres.

“Ela é a primeira mulher chefe de Estado na Etiópia moderna. Em uma sociedade patriarcal como a nossa, a indicação de uma mulher para o cargo não só aponta diretrizes para o futuro, como também normaliza mulheres como tomadoras de decisão na nossa vida pública”, disse o chefe de Gabinete de Abiy, Fitsum Arega em sua conta no Twitter.

Com a decisão do ministro de refazer seu gabinete, tendo 10 mulheres como ministras, a Etiópia se tornou o terceiro país na África a atingir igualdade de gênero nos ministérios, ficando atrás somente de Ruanda e Seicheles.

*Com informações do site Huffpost