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Alckmin propõe medidas de promoção dos direitos das mulheres

O Brasil tem atualmente 107 milhões de mulheres, o equivalente a 52,5% do eleitorado brasileiro. Apesar do número alto, a população feminina ainda luta diariamente por direitos iguais, dignidade e respeito. A baixa representatividade da mulher na política (15,8%) demonstra que o caminho a percorrer ainda é longo. No Congresso Nacional, a taxa de participação das mulheres é de apenas 11,3%, a mais baixa da América do Sul.

Mesmo com mais anos de estudo, as mulheres brasileiras têm índice de Desenvolvimento Humano (IDH) inferior aos homens, já que a renda feminina é 42,7% menor. Os homens ganham o equivalente a US$17.566 por ano, enquanto as mulheres recebem US$10.073 anuais.

No mercado de trabalho, o cenário chama a atenção. Apenas 52,3% das mulheres estão atuando, enquanto os homens dominam o mercado, com 74,7% de atuação.

Pensando nisso, o candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, defende em seu plano de governo a adoção de políticas públicas para a promoção da igualdade do gênero, com medidas voltadas para o mercado de trabalho e combate à violência contra a mulher.

Em suas diretrizes, o candidato propõe a aprovação de políticas afirmativas incentivando a transparência de remuneração e de evolução de carreira no mercado de trabalho. Outro ponto citado é o fomento à conscientização da sociedade com relação à importância e benefícios econômicos e sociais da igualdade de tratamento de homens e mulheres no mercado, garantindo a equalização de direitos, como a licença paternidade ou licença parental compartilhada.

Combate à violência

Alckmin também propõe ações de combate à violência contra a mulher. Entre eles está a criação de uma rede nacional de serviços especializados de atendimento a mulheres, com ações específicas para vítimas de violência (exame de corpo de delito e atendimento nas delegacias) – Sistema Nacional de Políticas para as Mulheres.

Outra iniciativa, caso seja eleito, será criar, em conjunto com o sistema de justiça, estados e municípios, uma rede de enfrentamento da violência contra a mulher, assim como incentivar a disseminação de “patrulhas Maria da Penha” nas PMs e nas Guardas Municipais com a padronização dos serviços em âmbito da Academia Nacional de Polícia.

“O Brasil tem uma dívida com as mulheres. Vamos ampliar a Patrulha Maria da Penha e criar mais creches para que elas possam acessar o mercado de trabalho. E estamos também estudando a Lei de Transparência no Trabalho da Alemanha, para a igualdade de salários”, afirmou o tucano.

Creches

O candidato defende ainda como prioridade de seu governo a necessidade de expandir o número de creches para oferecer às mães um local seguro para deixarem seus filhos enquanto trabalham.

“Precisa ter creche. As mães precisam de creche, pré-escola, ter onde deixarem seus filhos com segurança e saberem que estão sendo bem cuidados e alimentados para elas poderem exercer outras atividades”, reiterou.

ONU

No último dia 28, o tucano aderiu à Plataforma 50-50, da ONU Mulheres. O documento contém oito eixos temáticos para orientar políticas de promoção à igualdade de gênero. 4

Ao subscrever a Carta Compromisso, Alckmin se comprometeu com a implementação de políticas públicas para a paridade entre homens e mulheres na economia, na participação política, no enfrentamento à violência, na Educação, na Saúde e na mobilidade, entre outros.

Clique aqui e leia as 8 diretrizes da Plataforma 50-50.

Reportagem Clarissa Lemgruber