Com expectativa de vida quase sete anos superior a dos homens e com mais anos de estudo do que eles, as mulheres seguem discriminadas no mercado de trabalho. Enquanto a renda nacional bruta per capita da mulher é de US$ 10.073, a dos homens é de US$ 17.566. Uma diferença de 42,7%. Os dados são do Índice de Desenvolvimento Humano(IDH), divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.
Para a presidente do PSDB-Mulher de Rondônia, Vanessa Trindade, há ainda muito descrédito da sociedade em relação a mulher. “Infelizmente o nosso país está nessa desvantagem, pela falta de compromisso da sociedade em acreditar na mulher. Nós mulheres temos um potencial muito grande. Quando a mulher quer uma coisa, ela trabalha, é aguerrida, ela desempenha um trabalho, às vezes, muito melhor que o homem, com sensibilidade, com mais dedicação, porque isso já é nato”, observou.
No Índice de Desenvolvimento de Gênero, entre 160 países, o Brasil a 94ª posição. Em relação a política, o Brasil tem um desempenho ainda pior por ter apenas 11,3% das cadeiras do Congresso Nacional ocupadas por mulheres, ficando atrás do país com menor IDH do mundo, o Niger.
Para Vanessa, as empresas precisam reavaliar sua postura em relação à contratação de mulheres. “Quando há o currículo de um homem e de uma mulher, a empresa pensa que a mulher pode deixar de trabalhar por ela engravidar, por adoecer, por ter que cuidar dos filhos e o homem não. Mas é preciso levar em conta que as mulheres estão mais bem preparadas hoje que os homens e conseguem desempenhar seu trabalho de uma maneira correta, dedicada e com comprometimento muito maior”, destacou.
Reportagem da estagiária sob supervisão Karine Santos