As mulheres devem fazer história nas eleições deste ano. Nossa trajetória nunca foi fácil. Demoramos a conquistar o direito ao voto, ainda somos minoria dentro da política, mas temos nas mãos a oportunidade de decidir o futuro do Brasil.
E o que nos garante essa oportunidade é o nosso voto. Somos a maioria da população e do eleitorado brasileiro. E estamos preparadas para dizer não àqueles que nos menosprezam e não nos respeitam.
Nossa força começou a ser sentida nos últimos dias com uma ação nas redes sociais em repúdio a forma como o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, dispensa às mulheres.
O que seria um simples protesto, ganhou força e se transformou no movimento “Mulheres Unidas contra Bolsonaro”.
Reportagem do jornal espanhol El País registrou nesta quinta-feira (13) que um grupo no Facebook estaria conseguindo a adesão dez mil mulheres por minuto, todas eleitoras indignadas com a postura machista e agressiva de Bolsonaro. Elas já passaram a marca de 1,5 milhão e estão se organizando para ir para as ruas das capitais brasileiras no próximo dia 29, às vésperas do primeiro turno.
Um prenúncio disso já havia sido registrado pela pesquisa do Datafolha no último dia 10 de setembro, que mostrava que a rejeição feminina ao candidato do PSL estava em 49%.
Não pensem que se trata de um rompante, uma atitude impensada. O eleitorado feminino costuma demorar para se decidir, pois, como na vida, gosta de ter certeza do melhor caminho a ser seguido. Isso é comprovado.
Estamos assistindo um despertar feminino para as questões políticas. O poder está em nossas mãos e é hora de provar isso nas urnas.
Esse movimento contra Bolsonaro, suprapartidário, só confirma esse protagonismo feminino nas eleições deste ano. Trata-se de uma ação das brasileiras contra o machismo e a misoginia.
Unidas, podemos influenciar o resultado da disputa presidencial. Precisamos mostrar nossa maturidade política para lutar contra aquilo que discordamos e colocar a pauta das mulheres na ordem do dia do Brasil.
Estamos preparadas para cobrar do próximo presidente da República um país mais igualitário, que respeite a diversidade, não aceite sexismos, machismos, homofobia, violência e nenhum tipo de preconceito.
É isso que esperamos de Geraldo Alckmin, nosso candidato à Presidência!
Adriana Vilela Toledo é presidente do PSDB-Mulher de Alagoas, graduada em Pedagogia e especialista em Administração Pública e Pedagogia Empresarial.