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Preconceito ainda é barreira para mulher estar na política

A ideia de mulher como a dona de casa e o homem como o provedor do sustento ainda é o que impede muitas mulheres de entrarem na política. Mesmo com esforços, como o percentual mínimo de 30% de candidaturas e recursos do fundo eleitoral serem destinados a candidaturas de mulheres, o avanço ainda é lento.

Nely Fraga, Presidente do PSDB-Mulher do Rio de Janeiro, afirma que a mudança desse cenário deve começar pelas próprias mulheres. “O primeiro passo somos nós mesmas acreditarmos que nós podemos muito bem conciliar as duas coisas, casa e a vida política. Depois nós devemos apoiar mais umas às outras.”

Matéria do Jornal Folha de São Paulo, mostrou relatos que apontam a falta de apoio e cobrança por mais presença doméstica de maridos, irmãos e familiares, e que retratam as diferentes expectativas existentes entre a função do homem e a função da mulher, o que impede muitas mulheres de participarem da política.

Para Nely, a mulher deve se impor mais perante as vontades masculinas. “A mulher abaixa muito a cabeça, o homem diz que não pode e ela fica com medo e acaba cedendo às vontades do homem. Se ele quer ter a liberdade dele, nós também devemos ter as nossas, o homem tem que respeitar a vontade dela e apoiá-la.”

 “Acho que a mulher tem que ser mais audaciosa, corajosa, mostrar para os seus companheiros que eles têm que estar junto, respeitando e estar na caminhada junto com a gente,” completa Nely.

Reportagem Karine Santos – Estagiária sob supervisão