Levantamento feito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), divulgado nesta quarta-feira (1), confirmou que as mulheres podem decidir as eleições deste ano. Segundo os dados mais recentes, o eleitorado feminino corresponde a 52,5% dos brasileiros. A pesquisa informou também que o número de eleitores cresceu neste ano em relação a 2014, mas que caiu o número de jovens eleitores (de 16 e 17 anos).
Para a vice-presidente do PSDB-Mulher do Distrito Federal, Ludmila de Faro, apesar das mulheres serem maioria da sociedade, a representatividade não acontece principalmente por dois fatores: tempo e falta de empatia. A tucana acredita que a sobrecarga de tarefas é um dos empecilhos para que o público feminino se engaje de fato na vida pública.
“A participação da mulher na política é muito recente. Antes a gente era chamada apenas para votar. Nós não participávamos do processo. Ficávamos apenas com as tarefas domésticas. Depois fomos conquistando o mercado de trabalho, mas sem deixar de lado os afazeres de casa. Só então entramos para a política, acumulando as tarefas de casa, o trabalho e a vida parlamentar. Culturalmente, a mulher é sobrecarregada e muitas vezes essa falta de tempo impede o interesse em participar do processo político”, pontuou.
No entanto, a tucana ressalta que essa realidade pode ser mudada por meio de um trabalho de conscientização no sentido de mostrar para as brasileiras que elas são capazes de serem boas gestoras e boas representantes do povo.
“Quando se aumenta a participação de mulheres em cargos de primeiro escalão, elas se veem ali representadas. Então as brasileiras poderão perceber que podem ser ministras, governadoras, senadoras, secretárias de Estado. Então, esse despertar para a política é muito importante”, acrescentou.
Perfil
Segundo o TSE, o número de eleitores cresceu 3,14% – nas eleições de 2014 eram 142.822.046 e agora 147.302.354. O número de jovens eleitores, contudo, caiu 14,53% – em 2014, eram 1.638.751 e neste ano serão 1.400.617.
De acordo com a Corte Eleitoral, os jovens de 16 e 17 anos representam 0,95% do eleitorado brasileiro.
*Com informações do G1