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Triste realidade: mulher morre após ter atendimento negado em hospital do Rio

Uma mulher de 54 anos morreu no último sábado (28) após ter o atendimento negado na emergência do Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, Zona Norte do Rio. O filho de Irene de Jesus Bento, Rangel Marques, levou a mãe para a unidade com falta de ar e dor no corpo. Após esperar cerca de meia hora sem qualquer atendimento, ele passou a filmar funcionários, entre eles uma médica que estava usando um celular e alegou que não podia consultar Irene porque dependia do preenchimento de uma ficha da paciente.

Segundo o jornal O Globo desta quarta-feira (1º), Irene é mineira da cidade de Miraí e estava há dois anos no Rio. Na noite de sexta (27), ela começou a apresentar dificuldades para respirar e foi levada ao hospital pelo filho. Diante da demora no atendimento, foram embora e retornaram no dia seguinte, por volta das 14h.

Já bastante debilitada, Irene foi colocada em uma cadeira de rodas, onde teve dificuldades para se manter – ela não conseguia controlar o corpo, que precisava ser segurado para não tombar.

Apesar disso, o atendimento demorou, e Rangel passou a caminhar pelo hospital à procura de médicos. Em uma das salas encontrou duas supostas médicas, uma prestando atendimento a um paciente e a outra digitando no celular. Ao pedir ajuda a essa profissional, ouviu que ela estava aguardando prontuários médicos e que ele deveria aguardar ser chamado.

Segundo Rangel, após cerca de uma hora uma enfermeira mediu a pressão de sua mãe, constatou que estava normal e recomendou que o filho levasse a paciente a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), porque o caso dela não era grave o suficiente para ser atendido na emergência daquele hospital. O rapaz então levou a mãe até a UPA da Penha, num prédio vizinho ao hospital onde chegou às 15h.

De acordo com ele, a mãe dele foi encaminhada para a sala amarela (que indica situação de urgência e atendimento em até uma hora), mas sofreu uma parada cardiorrespiratória e foi logo transferida para a vermelha (que indica situação de emergência e atendimento imediato). Às 19h15 ela sofreu a segunda parada cardiorrespiratória.

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