A Associação Britânica de Saúde alertou sobre uma doença infecciosa sexualmente transmissível ainda pouco conhecida. A contaminação da Mycoplasma genitalum (MG) acontece em relações sexuais sem o uso de preservativos. Informações sobre a ação da “superbactéria” estão sendo reunidas e analisadas.
Estudo divulgado pela Associação Britânica aponta que 1% das pessoas infectadas podem não responder ao tratamento. Os dados preocupam, pois, a ineficácia do tratamento pode levar até 3 mil mulheres por ano a desenvolverem doença inflamatória pélvica (DIP), causada pela MG, resultando em risco de infertilidade.
A “superbactéria” causa sintomas análogos aos da clamídia – doença sexualmente transmissível também por bactéria, causadora de corrimento e inflamação pélvica – porém possui uma maior resistência ao tratamento. Caso não seja devidamente tratada pode causar infertilidade e infecção dos órgãos reprodutivos.
Nos homens, a MG provoca, além da inflamação dos órgãos internos, ardência ao urinar e secreção intensa. Em ambos os sexos, a contaminação se dá através do contato sexual desprotegido, tanto em via oral, vaginal ou anal.
O estudo aponta a necessidade de mudanças nas práticas sexuais, alertando as autoridades públicas sobre os riscos do avanço da superbactéria.
Segundo Paddy Horner, porta-voz da Associação Britânica de Saúde, recentemente não havia testes disponíveis para identificar e diagnosticar a doença. Devido às dificuldades, foram relatadas situações em que tanto o diagnóstico quanto o tratamento foram equivocados.
O estudo foi elaborado sob consulta de 169 especialistas em saúde sexual atuantes no Reino Unido. As recomendações buscam reduzir o custo do tratamento que é à base de antibióticos, controlar a resistência aos medicamentos e efetuar diagnósticos mais precisos.
*Com informações da EBC