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Tucana alerta sobre os riscos da baixa cobertura nacional de vacinas infantis

Levantamento foi feito pelo jornal Folha de S. Paulo, a partir de dados fornecidos pelo Programa Nacional de Imunizações, revelou que um em cada quatro municípios do país tem cobertura abaixo do ideal em todas as vacinas obrigatórias para bebês e crianças. Segundo o relatório, a situação eleva a ameaça de retorno de velhas doenças e de surtos que já haviam sido exterminados, como a poliomielite, sarampo, hepatite e meningite.

A representante do PSDB-Mulher do Piauí, a médica Lúcia Maria Aguiar, classificou como preocupante o cenário traçado pelo relatório. Para ela, as campanhas de vacinação são insatisfatórias e estão recebendo pouco investimento do governo.

“Nós vivemos em um país continental e esse risco sempre existe em um país do tamanho do Brasil. A sociedade e o Poder público precisam ficar atentos à imunização. É preciso conscientizar primeiro as mães sobre a importância de proteger seus filhos. Além disso, o governo precisa intensificar as campanhas de vacinação investindo em publicidade”, alertou.

De acordo com o estudo, em 2017, 1.453 das 5.570 cidades brasileiras não atingiram as metas de cobertura para nenhuma das dez vacinas indicadas para esse grupo. Atualmente, essas metas são de 90% para vacinas que protegem contra tuberculose e gastroenterite e 95% para as demais doenças.

Os números retratam o desafio gerado pela queda na vacinação de crianças, que já atinge os menores índices em mais de 16 anos. No caso das vacinas contra tuberculose, difteria, tétano, coqueluche e poliomielite, a cobertura já é a menor desde 1997.

Lúcia Aguiar atribui essa queda nos índices a uma acomodação por parte da sociedade que, achando que a doença já está extirpada, não comparece aos postos de vacinação. “A tendência da população é se acomodar. O maior risco nesse momento é a volta da poliomielite porque as mães não estão levando os filhos por acharem que a doença já está erradicada, mas ela só está erradicada porque todos se vacinam.  O assunto é sério e merece atenção”, concluiu.

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